A Justiça é associada a figuras femininas desde a Antiguidade. A deusa egípcia Maat (cujo nome deu origem à palavra “magistrado”) muitas vezes era retratada com uma espada na mão.
Na Grécia, o papel cabia a Têmis, que já trazia uma balança na mão direita. Em sua versão romana, batizada “Justitia”, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos. Para completar, a balança e a espada também são instrumentos de São Miguel, o arcanjo justiceiro, que, apesar de já fazer parte da tradição judaica, passou a ser retratado assim nos primeiros séculos do cristianismo.
Em palavras muito simples, a Justiça precisaria ser cega para não saber quem está colocando o que em cada um dos pratos da balança. Digamos que alguém preencha um dos pratos com toneladas de tampinhas de refrigerante, enquanto do outro lado alguém coloca uma pepita de ouro, de peso equivalente. Se a Justiça olhasse, veria quem colocou de um lado um monte de plástico e do outro, metal nobre. Então precisa julgar com total imparcialidade, analisando friamente os fatos e dando a cada um o que lhe é de direito.
A Justiça até pode ser cega, mas os magistrados…!
Por que a justiça é representada de olhos vendados, com balança e espada nas mãos?
Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
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A venda é um símbolo de imparcialidade: significa que ela não faz distinção entre aqueles que estão sendo julgados. A balança indica que equilíbrio e ponderação na hora de pesar, lado a lado, os argumentos contra e a favor dos acusados
Ocorre que, o símbolo oficial, mundial, da justiça é normalmente representado por uma mulher cega. Mas isso não tem nada a ver em dizer que a justiça é cega porque não aplica a lei corretamente, mas, sim, é cega em sentido de não ver a sua cor de pele, a sua aparência, a sua classe social, a sua linhagem familiar, seus status econômicos, sua fama, glórias mundanas, prestígios mundanos e nacionalidade. A justiça é cega para essas coisas. Ao menos, assim deveria ser… é isso que a simbologia pretensiosamente representa.