Esta é a vontade do meu Pai (Jo 6, 35-40)

Esta é a vontade do meu Pai: toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna. Hoje é dia dezessete de abril, quarta-feira da terceira semana do tempo pascal. Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte: A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria de Joana Viana Lopes, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!

“Fazei brilhar sobre mim a vossa face, salvai-me pela vossa bondade. Como é grande, Senhor, a vossa bondade”. Nestas palavras do salmo trinta reside o centro e o segredo de uma vida de oração: a busca do rosto de Deus, belo e misterioso; a descoberta e o louvor da sua bondade; a súplica e o desejo de salvação. Coloca a tua oração nos trilhos deste desejo e permite que ela te conduza no espaço e no tempo da tua vida. (¹Joana Viana Lopes – passo a rezar net)

 Salmo Sl 65 (66) 1-3a.4-5.6-7ª

Aclamai o Senhor, terra inteira, cantai a glória do seu nome, celebrai os seus louvores, dizei a Deus:
“Maravilhosas são as vossas obras”.

“A terra inteira vos adore e celebre, entoe hinos ao vosso nome”. Vinde contemplar as obras de Deus, admirável na sua ação pelos homens.

Mudou o mar em terra firme, atravessaram o rio a pé enxuto. Alegremo-nos n’Ele: domina eternamente com o seu poder.

 Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para ouvirmos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João, que está no capítulo seis, versículos do trinta e cinco ao quarenta (Jo 6,35-40)

 Aleluia, Aleluia, Aleluia. Quem vê o filho e nele crê, este tem a vida eterna, e eu o farei ressuscitar no último dia, diz Jesus.

 Esta é a vontade do meu Pai: toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João, Glória a Vós Senhor (Jo 6,35-40) Naquele tempo, disse Jesus à multidão: ³⁵"Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. ³⁶Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. ³⁷Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. ³⁸Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. ³⁹E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. ⁴⁰Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia". Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor!

Ouvida a Proclamação do Evangelho, vamos fazer juntos uma pequena reflexão:

Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva ao ser humano. Seus adversários não admitem que um homem possa ter origem divina e, portanto, possa dar a vida definitiva. (²Bíblia Pastoral Jo 6,35-40)

A declaração de Jesus “Eu sou o Pão da vida” deve ser bem entendida, para não causar mal-entendidos. Trata-se de uma metáfora, tirada do cotidiano. Pão é o primeiro alimento do dia, como se tivesse a função de produzir energias para todas as tarefas diárias. Ao se autodesignar “Pão”, Jesus explicita o modo como pretende se fazer presente na vida dos discípulos. Presença indispensável! Presença cotidiana e ao longo da jornada! Presença que dá força para a ação! A presença de Jesus na vida dos discípulos tem força vivificante na medida em que o move a fazer a vontade de Deus. Trata-se, pois, de dinamismo ético, que gera um modo de proceder característico dos filhos de Deus. Praticar a vontade do Pai é o sinal autêntico de o discípulo ter sido alimentado por Jesus, o pão da vida. Quem identificar Jesus com o pão da vida, confundindo-o com a hóstia consagrada, sem a preocupação de se pautar pelo amor, está inteiramente equivocado. Alimentado pelo pão da vida está quem, de fato, no dia a dia, consagra-se à prática do amor misericordioso. Então, sim, fará a vontade do Pai, com a força que provém do próprio Pai. O discípulo egoísta, pelo contrário, compara-se a alguém que morre de fome, tendo o pão diante de si. (³Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)

Jesus é o grande canal de ligação entre Deus e o povo. Existe um projeto de amor e salvação para todos, e Jesus é o encarregado de levar a termo esse projeto. “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. Acreditar em Jesus é aderir à sua pessoa, é considerá-lo como o mensageiro do Pai e como fonte inesgotável de vida. “Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede”. Quem acredita em Jesus não se perderá; ao contrário, terá garantida sua ressurreição no último dia. Então viverá na glória de deus para sempre. Cumpre-se desse modo a vontade do Pai, isto é, que não se perca nenhum de seus filhos e filhas espalhados pelo mundo inteiro. (⁴Pe. Luiz Miguel Duarte – Dia a dia com o Evangelho 2015/2023 – Paulus)

Jesus desenvolve o tema da fé e do discipulado como comunhão com sua pessoa, pois como ELE mesmo afirma: “Eu sou o pão da vida”. Crer é ver o Filho, é reconhecer suas relações com o Pai expressas em sua obediência e submissão: “Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. Crer significa, também, ir a Ele, aceitar ser seu discípulo. Mas muita atenção: devemos ser discípulos atraídos e chamados pelo Pai, e não pelo simples atrativo do entusiasmo da “hora”. Devemos ter a consciência que o nosso discipulado vem do Pai, é gratuidade, é chamado, é dom: “Todos os que o Pai me confiou virão a mim, e quando vierem não os afastarei”. Gostaríamos de terminar esta reflexão retomando dois pontos centrais do Evangelho de hoje, e retomando por meio das palavras do Eclesiástico (33,13-14): “Como o barro está nas mãos do oleiro, que o amolda e o dispõe, dando-lhe todas as formas que deseja, assim é o homem não mão de quem o criou”. (⁵Pe. Marco Lobo – Diário Bíblico 2016 – Ed Ave Maria)

Qual é a vontade de Deus? Que Jesus não deixe perecer nenhum daqueles que o Pai lhe deu. Somos do Pai, que pede a Jesus que cuide de nós e nos ressuscite no último dia. Ainda é vontade do Pai que todo aquele que crer no Filho tenha a vida eterna. Amados por Deus. Cuidados por Jesus! Basta que creiamos! Que o Senhor Jesus na sua imensa misericórdia nos ensine a fazer a vontade do Pai, para que juntos possamos dar ao mundo testemunho de fidelidade ao Projeto do Reino. (⁶Elizabeth Mendes FCJ – Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria)

Os contemporâneos de Jesus veem o milagre da multiplicação dos pães e peixes (alimento material), mas não acreditam nele, não aceitam o dom de sua pessoa: “Vocês me viram e não acreditam”. No entanto, ele afirma de si mesmo: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede”. Ao dizer “Eu sou”, Jesus assume o nome do Deus libertador do antigo Testamento (Cf Ex,3,14). Ele é o dom de Deus para a vida da humanidade. Jesus fala de uma vida definitiva, que ele quer transmitir. A condição para receber essa vida definitiva não é a aceitação intelectual de verdades e doutrinas. Trata-se de adesão profunda à pessoa de Jesus, que nos comunica vida plena. A salvação só estará completa com a ressurreição. (⁷Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018/2020 – Paulus)

A vontade de Deus é que nenhum filho pereça. Ele não deseja a nossa condenação. O Senhor é, sim, juiz, mas, de certa forma, podemos dizer que é um juiz “parcial”. Em termos jurídicos, diríamos que Jesus é altamente “pró-réu”. Aliás, o Senhor nos chama de filhos; somos nós que nos colocamos na condição de réus. Deus não nos vê dessa forma. A sua encarnação, a sua morte na cruz, tudo foi a fim de que tivéssemos a Vida Eterna. Como é bom saber que seremos julgados no amor! Isso não se trata de acomodação espiritual de quem acha que pode fazer o que quiser e, que, mesmo assim, será salvo; trata-se, antes, de esperança de que podemos ser salvos, uma vez que o próprio juiz também quer nos salvar. (⁸Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, ssp – Diário Bíblico2019 – Ed. Ave Maria)

Jesus continua instruindo a multidão e afirma que ele é o pão da vida. Acreditar em Jesus é garantir a vida eterna e a certeza da ressurreição. Dito dessa forma, tudo parece muito fácil; contudo, o caminho proposto por Jesus, como já mencionado anteriormente, exige de nós fé que amadurece à medida que caminhamos. Ao falar para a multidão sobre o pão, Jesus está falando sobre algo conhecido de todos, uma realidade básica e bastante compreensível. A partir daquilo que a multidão conhece, Jesus acrescenta novas camadas, pois ele mesmo se intitula o “pão da vida”. Jesus é, portanto, aquele que garante não somente os bens dessa existência, mas também da eternidade. Não se trata aqui de magia ou algo do gênero, mas de vida orientada segundo o projeto de Deus. Esse caminho proposto por Jesus será plenamente vivenciado por nós, se for plenamente compreendido. (⁹Padres e irmãos Paulinos – Dia aDia com o Evangelho 2022 – Paulus)

Concluindo – Como entender que Jesus é o pão da vida? – Assim como o pão não existe para si mesmo, mas para se transformar em alimento, ser consumido e saciar a fome, também a vida de Jesus é dom de amor, totalmente voltada para a doação. Ele é o pão oferecido por Deus Pai e que dá vida ao mundo. Quando nos alimentamos do pão material, voltamos a ter fome novamente, porque tem a marca da provisoriedade e não satisfaz plenamente a necessidade de vida; contudo, quem se alimenta do pão da vida que é Jesus, pela sua união com o Pai, fica totalmente satisfeito, pela vida plena e abundante que transmite. Para ter vida em Jesus é preciso aproximar-se dele, e, em sintonia com ele, não seremos lançados fora. Quem se aproxima de Jesus, fonte de vida, comida e bebida para o espírito, tem vida plena e ressurreição. Ser cristão implica guardar a Palavra e alimentar-se com o pão e a água da vida. Ser cristão é assumir de maneira efetiva o compromisso com a missão trazida por Jesus: implantar, em nosso meio, o Reino de Deus. (10Braz Lorenzetti, CMF – Diário Bíblico 2024 – Ed. Ave Maria)

 «Dizei a Deus: “Maravilhosas são as vossas obras”. Que queres agradecer hoje ao Senhor? Respira, olha em redor, perscruta o teu coração e dá graças ao Senhor.

O poder do Senhor é o poder do amor, um poder ignorado pelas lógicas do mundo onde te moves. No entanto, não há poder maior. É por amor que Jesus, morrendo por ti, te salva e te oferece a possibilidade de te unires a Ele todos os dias. Aceitas que Jesus te ame?

 Ao fazermos a leitura das palavras do salmista, deixemos que elas nos encham com a alegria e esperança do Ressuscitado.

 Ao terminarmos nosso momento de oração peçamos ao Senhor que afine o nosso olhar para a sua presença e para as suas maravilhas. Peçamos-lhe, também, que a gratidão possa ser o sentimento dominante do nosso dia. Senhor Jesus, no nosso dia a dia, queremos fazer em tudo a vontade do Pai, sinal de que estamos sendo alimentados por ti, o pão da vida.

 Fonte: (¹Joana Viana Lopes – passo a rezar net) - (²Bíblia Pastoral Jo 6,35-40) - (³Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (⁴Pe. Luiz Miguel Duarte – Dia a dia com o Evangelho 2015/2023 – Paulus) - (⁵Pe. Marco Lobo – Diário Bíblico 2016 – Ed Ave Maria) - (⁶Elizabeth Mendes FCJ – Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria) - (⁷Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018/2020 – Paulus) - (⁸Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, ssp – Diário Bíblico2019 – Ed. Ave Maria) - (⁹Padres e irmãos Paulinos – Dia aDia com o Evangelho 2022 – Paulus) -