Religião geral

Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu

"Trazei alguns dos peixes que apanhastes"

05/04/2024 às 11h47
Por: Redação Folha Pantanal
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Adelino Alexandre Lopes
Adelino Alexandre Lopes

Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu - Hoje é dia cinco de abril, sexta-feira da oitava da Páscoa. Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte: A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pedro Gil, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!

O itinerário pascal é um caminho de reconhecimento, de encontro com Aquele que caminha na nossa história. Hoje, iniciemos o nosso momento de oração escutando estes versos do poeta Daniel Faria: «Vimos a pedra vazia no interior da terra A manhã. / Nós não tocámos a luz, Inesperada./ Pensámos Que já o sono sendo eterno te afastara / E que farol que foste / Agora onda após onda, brasa extinta, naufragava (…) / Chegámos a terra, porém e esperavas-nos / Os pés furados como conchas sobre a areia / E sentámo-nos em redor para comer». (1Pedro Gil passo a rezar)

A comunidade cristã que age sem estar unida à pessoa e missão de Jesus continua nas trevas e não produz fruto, pois trabalha sem perceber a presença do ressuscitado e sem conhecer o modo correto de realizar a ação. No momento em que ela segue a palavra de Jesus, o fruto surge abundante. A missão termina sempre na Eucaristia, onde se realiza a comunhão com Jesus. (2Bíblia Pastoral (Jo 21, 1-14)

A cena evangélica ilustra uma das muitas formas de experimentar a ressurreição. No caso, trata-se do âmbito do trabalho. A ressurreição manifesta-se na ação em equipe, na perseverança, apesar de o trabalho ser infrutífero, na capacidade de se orientar pelos valores evangélicos, expressos na docilidade à ordem do Mestre. E, também, na partilha fraterna do fruto do trabalho conjunto.  Sejam quais forem as circunstâncias, o discípulo está sempre aberto para viver a ressurreição. O mundo do trabalho é uma delas. (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)

Sete apóstolos decidem ir pescar. Sete é número simbólico e equivale à totalidade dos seguidores de Jesus. A pesca representa a missão. Tiberíades indica todos os povos. Nessa noite não pegam nada. Sem a presença e a palavra do Ressuscitado, a missão fracassa. De madrugada, volta a luz. A luz é Jesus que, com sua palavra, passa aos pescadores a confiança e a promessa de sucesso. E assim acontece. A pesca de cento e cinquenta e três grandes peixes indica que a missão atinge o mundo inteiro e produz abundantes frutos. Os 153 peixes representam os povos então conhecidos. Acabada a pesca maravilhosa, Jesus convida a comunidade a se alimentar.  É a comunhão universal da humanidade com Jesus. Comunhão que vai sustentar seus missionários pelos caminhos do mundo. (4Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2023 – Paulus)

Sabiam que era o Senhor! Só o Mestre para fazer um café da manhã daqueles à beira-mar, com o intuito de se manifestar aos seus amados amigos! Gentileza de Deus! Coo começou, está terminando: vocações à beira-mar. No início, passou e chamou; agora, come com eles a refeição da bênção. Que o Senhor Jesus nos ajude a entender as várias manifestações da sua presença no meio de nós. (5Elizabeth Mendes – FCJ – Diário Bíblico – 2018 – Ed. Ave Maria)

Como aconteceu em relação aos discípulos de Emaús, também aqui Jesus se revela no cotidiano das pessoas. O contexto é de pescaria. Pescadores são sete discípulos que, sem a presença de Jesus, “não pescaram nada”, mas, ao obedecer à palavra do Mestre, se surpreendem com o excelente resultado: “cento e cinquenta e três peixes grandes” (total de espécies de peixes conhecidas na época). Chegados à margem, encontram “um peixe na brasa e pão”, fruto da sensibilidade de Jesus, que os convida para a refeição. O dom de Deus se une ao esforço humano. Os símbolos que estão por trás da narrativa nos remetem à missão de alcance universal. Este conjunto de sinais reforça a convicção dos cristãos de que a evangelização só terá êxito se for acompanhada da presença da palavra de Jesus. (6Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018/2020– Paulus)

Os discípulos têm certeza de que estão diante do Senhor quando ouvem o convite “vinde, comei”. É surpreendente a quantidade de relatos de revelação que estão relacionados à partilha da mesa. Foi assim em Emaús e nas aparições seguintes. É quando os discípulos se reúnem em torno de um mesmo pão que o Senhor se manifesta. Também o céu é comparado a um grande banquete. A insistência em relacionar a revelação do Senhor com o partir do pão talvez se dê porque estar na presença de Deus um dia deve ser uma busca cotidiana e necessária como o pão de cada dia, que nos esforçamos para alcançar. Entretanto, que não se trata de uma luta individualista, mas comunitária, pois é quando me encontro com o próximo, na partilha, que o Senhor costuma se fazer presente. (7Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico – 2019 – Ed. Ave Maria)

Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João, que está no capítulo vinte e um, dos versículos um ao quatorze. (Jo 21, 1-14)

Aleluia, Aleluia, Aleluia. Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!

Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe.- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João, Glória a Vós Senhor! (Jo 21,1-14) Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: "Eu vou pescar". Eles disseram:  "Também vamos contigo". Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: "Moços, tendes alguma coisa para comer?" Responderam: "Não". 6Jesus disse-lhes: "Lançai a rede à direita da barca, e achareis".
Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor!" Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra,
mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas,
com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: "Trazei alguns dos peixes que apanhastes". 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: "Vinde comer". Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor!

Ouvida a proclamação do evangelho de hoje, façamos juntos uma pequena reflexão:

Pedro e alguns discípulos viviam da pesca. Jesus, após a morte e ressurreição aparece sem prévio aviso, e desta feita durante o trabalho dos discípulos. Não subestimes o que fazes: pode bem acontecer que o Senhor se faça ver aí. A pesca era uma tarefa que não tinha segredos para os discípulos. Por isso, teria sido mais óbvio terem recusado o conselho de um estranho, um estranho que parecia apenas querer comer. Pedro foi humilde e aceitou fazer um absurdo. E não se arrependeu. Tu sabes bem como tratar das tuas coisas. Já pensaste que se combateres o teu orgulho, aceitando conselhos pouco evidentes, Jesus poderá fazer grandes coisas? Jesus aparece anônimo. Pede comida e aconselha. O milagre acontece. Os discípulos alegram-se. Arrumam a pescaria. Comem juntos. Não há discursos ou parábolas. Há serenidade e calma. Fala com Deus a propósito de tudo e de nada, e o resultado na tua vida será o mesmo: mera normalidade, mas com luz dentro. (8Pedro Gil passo a rezar)

No Evangelho de João, a narrativa que acabamos de ouvir é o terceiro relato da manifestação de Jesus ressuscitado. Junto ao mar, o Mestre se encontra com os seus, pois eles estão pescando; voltaram às atividades que haviam deixado quando decidiram seguir o Filho de Deus. Diante do fracasso que fora a pescaria até aquele momento, pois não há nada para comer, Jesus, que os interpelara anteriormente, diz, agora, para que lancem a rede do lado direito da barca. O milagre acontece, os peixes surgem em abundância e, diante do ocorrido, não há dúvidas de quem é o autor de tal proeza. Em palavras simples, Jesus vem para fazer a diferença e tornar as nossas vidas plenas. Jesus se mistura conosco, pois vai aonde estamos para nos mostrar que podemos ir além.  O amor, ou seja, o comprometimento com o bem e a vida será capaz de nos fazer reconhecer o Senhor. (9Padres e Irmãos Paulinos -  Dia a Dia com o Evangelho 2022 – Paulus)

Jesus ressuscitado se manifesta, agora, não mais dentro de casa, mas no local de reunião; não mais no final do dia e no horário de reunião da comunidade, mas em lpena manhã, durante a atividade diária dos discípulos. A pesca carrega consigo o simbolismo da atividade evangelizadora da Igreja. Com suas próprias forças, os discípulos nada conseguem apanhar; porém, atendendo à palavra de Jesus, apanham imensa quantidade de grandes peixes. A rede, que não se rompe apesar de tanto peixe, é símbolo de uma Igreja em que há lugar para todos. Em nossas atividades, quando agimos por nossas próprias forças, não produzimos bons frutos, mas, quando Jesus está à nossa frente e sob as suas ordens, as obras dão muito fruto. (10Brás Lorenzetti, CMF – Diário Bíblico – 2024 – Ed. Ave Maria)

Senhor Jesus, que em todas as circunstâncias, saibamos experimentar tua ressurreição acontecendo em nossas vidas. Amém

Fonte: (1Pedro Gil passo a rezar)  - (2Bíblia Pastoral (Jo 21, 1-14) -  (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (4Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2023 – Paulus) - (5Elizabeth Mendes – FCJ – Diário Bíblico – 2018 – Ed. Ave Maria) - (6Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018/2020 – Paulus) - (7Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico – 2019 – Ed. Ave Maria) - (8Pedro Gil passo a rezar) - 9Padres e Irmãos Paulinos -  Dia a Dia com o Evangelho 2022 – Paulus) -(10Brás Lorenzetti, CMF – Diário Bíblico – 2024 – Ed. Ave Maria)

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