Assim está escrito: o Messias sofrerá e ressuscitará (Lc 24,35-48) - Hoje é dia quatro de abril, quinta-feira da oitava da Páscoa. Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte: A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pedro Gil, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!
Iniciemos o nosso momento de oração, escutando este pensamento expresso por Jean Lafrance, presbítero e autor francês: “Deus não age traiçoeiramente, antes com infinita doçura, fazendo-te pressentir como é grande a sua sede de ti. A tua sede de Deus não é senão o reflexo, num limitado coração humano, do seu desejo infinito, sem limites, de se unir a ti”. (1Pedro Gil passo a rezar)
Leitura dos Atos dos Apóstolos. (At 3, 11-26) Naqueles dias, o coxo de nascença que tinha sido curado não largava Pedro e João e todo o povo, cheio de assombro, acorreu para junto deles, ao pórtico de Salomão. Ao ver isto, Pedro falou ao povo, dizendo: “Homens de Israel, por que vos admirais com isto? Porque fitais os olhos em nós, como se fosse pelo nosso próprio poder ou piedade que fizemos andar este homem? O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-lo. Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-o dos mortos, e nós somos testemunhas disso. (…) Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados. Assim o Senhor fará que venham os tempos de conforto e vos enviará o Messias Jesus, que de antemão vos foi destinado. (…)”
O coxo, já curado, “não largava Pedro e João”. A conversão explodiu-lhe em alegria, no corpo e no espírito. Quando o Senhor cura os nossos males – em especial na confissão – somos capazes de saltar, gritar e anunciar a toda a gente o bem que nos fez? Pedro resume o que Deus fez em toda a história. E apresenta-nos o desafio essencial: arrependermos dos passos mal andados, mudarmos de vida e abraçarmos a vida na graça, a santidade. Arriscamos trilhar este caminho? Deus nunca se cansa de perdoar. E a Igreja coloca ao nosso dispor o sacramento da confissão, para que possamos receber a absolvição e com ela a graça para caminhar. Ponderemos em nosso coração, junto do Senhor, a frequência com que devemos confessar (2Pedro Gil passo a rezar)
A realidade da Ressurreição – A ressurreição não é fruto da imaginação dos discípulos, nem se reduz a fenômeno puramente espiritual. A ressurreição é fato que atinge o próprio corpo; daí a identidade do ressuscitado com o Jesus terrestre. Qualquer ação humana que traz mais vida para os corpos oprimidos, doentes, torturados, famintos e sedentos, não é apenas obra de misericórdia, mas é sinal concreto do fato central da fé cristã: a ressurreição do próprio Senhor Jesus! (3Bíblia pastoral – Lc 24,35-48)
Reconhecendo o Mestre – Os discípulos foram desafiados a reconhecer que o Ressuscitado era o Mestre que fora crucificado. Caminho difícil de ser trilhado, ontem e hoje. É grande a tentação de se desconectar morte e ressurreição, e pensar o Ressuscitado glorioso deixando de lado a cruz. As chamadas heresias cristológicas têm sempre algo a ver com isso. Pensar a ressurreição à margem da cruz corresponde a esvaziar o evento fundamental da vida de Jesus. A ressurreição deve ser entendida como resposta do Pai à fidelidade radical do Filho, que não se intimidou diante dos inimigos. (4Jaldemir Vitório, SJ – Dia a dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)
Em suas aparições, Jesus encontra barreiras entre os discípulos, que têm dificuldade para crer que o Ressuscitado é o mesmo Jesus que foi crucificado. Para ajudá-los a dar um passo na fé, Jesus mostra os sinais da paixão e morte, deixa-se tocar por eles e come um pedaço de peixe assado. Após desejar-lhes a paz, abre a inteligência deles para compreenderem a missão do Messias, que devia morrer e ressuscitar dos mortos. Os apóstolos e seus companheiros – primeiro núcleo da igreja – se sentem investidos de uma missão: serão as autênticas “testemunhas do Ressuscitado. Aqueles que viviam fechados no medo vão percorrer o mundo para anunciar o Evangelho. A ressurreição de Jesus é salvação para todos. Salvação que se realiza mediante “o arrependimento para o perdão dos pecados”. (5Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a dia com o Evangelho – 2015/2017/2023 – Paulus)
Vós sois testemunhas de tudo isso! – Esse é o legado dos apóstolos, testemunharem tudo o que eles viram e ouviram para que as gerações futuras acreditassem. E nós cremos porque eles nos contaram as suas experiências de fé pessoal e comunitária. Obrigada, Senhor Jesus, pelo colégio dos apóstolos que nos transmitiram a fé e ajuda-nos, por nossa vez, a transmitir a fé aos irmãos da forma mais genuína possível, Amém. (6Elizabeth Mendes, FCJ – Diário Bíblico – 2018 Ed. Ave Maria)
Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas, que está no capítulo vinte e quatro, dos versículos trinta e cinco ao quarenta e oito (Lc 24,35-48)
Aleluia, Aleluia, Aleluia. Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!
Assim está escrito: o Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia. - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Glória a Vós Senhor! (Lc 24,35-48) Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: "A paz esteja convosco!" 37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: "Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho". 40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: "Tendes aqui alguma coisa para comer?" 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: "São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos". 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: "Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso". Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor!
Terminada a proclamação do Evangelho, convido os irmãos e irmãs para fazermos, juntos, uma pequena reflexão e concluirmos esse nosso momento de oração de hoje!
Os “Onze e seus companheiros” (Lc 24,33) reunidos, comentam a respeito de uma informação que estremece a todos: Jesus ressuscitou. Eles, porém, continuam desconfiados, críticos, e exigem provas. Ao entrar na sala, após a saudação pascal, Jesus tira da confusão mental seus discípulos, que pensavam estar vendo um fantasma. Jesus lhes diz: “Sou eu”. Com essa expressão, usada repetidas vezes nos evangelhos, ele revela sua identidade. Ele é o Messias. Ele é o Filho de Deus. O Crucificado e sepultado que ressurgiu dos mortos e está vivo no seio da sua comunidade. Jesus conclui na terra a sua missão; doravante caberá às comunidades o arrependimento e o perdão dos pecados “a todas as nações”, a partir de Jerusalém. (7Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2018/2020 – Paulus)
É significativo que o Senhor Ressuscitado exprima como primeira frase “A Paz esteja convosco!”. Aquele que ainda traz consigo a violência da cruz deseja a paz. Só a paz pode unir e permitir a justiça. A violência da cruz não foi capaz de apagar a paz da ressurreição. A aparição do Senhor reforça o seu ensinamento anterior: “Bem-aventurados os mansos”. Em um mundo em que aprendemos a devolver na mesma moeda e as crianças já são ensinadas a “não levar desaforo para casa”, o senhor fala de paz. Os discípulos encontram-se exultantes de alegria e ao mesmo tempo, vacilantes. A paz, para eles, significa segurança. Para levar a paz aos outros, é necessário que a tenhamos dentro de nós, e só a confiança em Deus pode trazê-la a nós. A paz não reflete ausência das marcas da cruz, mas certeza de que a vida é mais forte que a morte. (8Moisés Alves dos Santos – Daniel Aparício Rasteiro – CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria)
A paixão e a morte conduziram Jesus à ressurreição. Agora, depois de ter estado em Emaús com dois discípulos, o Ressuscitado aparece no local onde os demais discípulos estão reunidos. Percebemos no texto uma grande mistura de sentimentos, sensações e percepções; afinal, o evento que eles estão testemunhando é novidade absoluta. O que vivem não é algo que seja de fácil compreensão; é preciso que passos sejam dados e que se volte às Escrituras, por exemplo, a fim de que se recolham luzes que clarifiquem essa experiência de encontro com aquele que literalmente venceu a morte e retomou a vida. A experiência vivida pelos discípulos de Jesus é, de algum modo, a nossa experiência diante da ressurreição do Filho de Deus e de muitas realidades que nos desafiam a perceber que a vida tem a última palavra. Somos, como diz o final do texto, testemunhas de um novo tempo, tempo de graça. (9Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus)
Se Jesus ressuscitou, onde ele pode ser encontrado? A resposta é, sem dúvida, na comunidade cristã. Nela, a partilha da experiência do encontro pessoal com o Ressuscitado, bem como a celebração de sua presença viva, são seus fundamentos. O teto começa com a partilha do testemunho e, na sequência, a presença do próprio Cristo, que pacifica os corações incrédulos, espantados e apavorados. As marcas da paixão indicam que o Cristo da fé é o mesmo Jesus da história. A experiência do encontro com o Cristo ressuscitado é fundamental para os cristãos de todos os tempos. (10Braz Lorenzetti,CMF – Diário Bíblico 2024 – Ed. Ave Maria)
Ó Cristo, apareces aos discípulos com as marcas do Crucificado. E lhes recordas que o Messias tinha de sofrer e que “em seu nome fosse anunciado o arrependimento dos pecados a todas as nações”. Ó Cristo ressuscitado, aos teus discípulos reunidos cumprimentas com o dom da paz “Paz para vocês” – Em seguida, exiges deles a fé em tua pessoa. Enfim, tu o convidas a seres tuas testemunhas pelo mundo afora. Queremos te seguir e testemunhar, Senhor, por toda parte e em qualquer circunstância. Amém!”
Fonte: (1Pedro Gil passo a rezar) - (2Pedro Gil passo a rezar) - (3Bíblia pastoral – Lc 24,35-48) - (4Jaldemir Vitório, SJ – Dia a dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (5Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a dia com o Evangelho – 2015/2017/2023 – Paulus) - (6Elizabeth Mendes, FCJ – Diário Bíblico – 2018 Ed. Ave Maria) - (7Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2018/2020 – Paulus) - (8Moisés Alves dos Santos – Daniel Aparício Rasteiro – CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria) - (9Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus) - (10Braz Lorenzetti, CMF – Diário Bíblico 2024 – Ed. Ave Maria)
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