Jesus está vivo – Fica Conosco Senhor! Hoje, é dia três de abril, quarta-feira da oitava da Páscoa. Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pedro Gil, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!
Com que palavras podemos exprimir o mistério transbordante e paradoxal da Ressurreição do Senhor? Concentremos a nossa atenção nos símbolos que a liturgia cristã encontrou ao longo dos séculos: a luz, que brilha no total escuridão; a água, que da morte traduz a vida nova; o pão, que reúne e alimenta os discípulos. Permitamos que as palavras e os símbolos do Tempo Pascal que vivemos conduzam a nosso momento de oração e a nossa imaginação. (1Pedro Gil –passo a rezar net 03 04) 2024)
Lucas salienta os “lugares” da presença de Jesus ressuscitado. Primeiro, ele continua a caminhar entre os homens, solidarizando-se com seus problemas e participando de suas lutas. Segundo, Jesus está presente no anúncio da Palavra das Escrituras, que mostra o sentido da sua vida e ação. Terceiro, na celebração da eucarística, onde o pão repartido relembra o dom da sua vida e refontiza a partilha e a fraternidade, que estão no cerne do seu projeto. (2Bíblia Pastoral LC 24,15-35)
A ressurreição de Jesus foi entendida quando os discípulos foram capazes de captar o sentido escondido nas entrelinhas das Escrituras: “Era necessário que o Cristo sofresse para entrar na sua glória!” É equivocado pensar a morte de Jesus Cristo sem conexão com sua vida. Seu fim esteve estreitamente ligado à sua existência, desde a encarnação. As Escrituras ajudam a compreender que Jesus foi o Filho obediente até o extremo, recusando-se a ser infiel ao Pai. Isto foi necessário, mesmo devendo pagar com a vida o compromisso filial. (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)
Jesus ressuscitado só aparece aos que já o conheciam e tinham condições de reconhecer seus gestos e palavras. No mesmo dia da ressurreição, Jesus percorre longo caminho com os discípulos de Emaús e se interessa por suas preocupações, dores e alegrias. Dá resposta aos seus anseios citando as Escrituras. É a Palavra de Deus que ilumina a caminhada dos homens e mulheres de todos os tempos. O insistente convite dos discípulos para o peregrino ficar com eles, dá ocasião para Jesus se revelar claramente ao partir o pão. Inflamados de amor, os discípulos refazem o caminho de volta e partilham com os apóstolos sua experiência com o Ressuscitado. Da comunhão com Deus brota a autêntica missão. Este episódio realça os dois elementos básicos da celebração eucarística: a Palavra e a Eucaristia. (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017/2023 – Paulus)
E voltaram a Jerusalém – Interessante notar que esses discípulos estavam indo embora de Jerusalém decepcionados com os acontecimentos, esperavam de Jesus uma coisa e não aconteceu exatamente como eles esperavam. E Jesus foi além do esperado. Depois da experiência do encontro, da partilha da palavra e do pão, eles o reconhecem vivo! E voltam na mesma hora para Jerusalém a fim de contar que o Senhor ressuscitou como havia dito antes. Que o Senhor nos dê ouvidos de discípulos, pés de discípulos, boca de discípulos, para que possamos anunciá-lo com maior empenho e eficácia. Nós também queremos reconhecer-te ao partir do Pão, Senhor! (5Elizabeth Mendes-FCJ – Diário Bíblico – 2018 – Ed. Ave Maria)
O episódio de Emaús reflete a estrutura fundamental da missa. Com efeito, distinguem-se, com nitidez, a Mesa da Palavra e a Mesa do Pão Eucarístico. Antes de tudo, a Palavra de Deus que se encarnou revela-se aos discípulos na proclamação da Palavra, “começando por Moisés e percorrendo todos os Profetas”. Quão rica deve ter sido essa catequese ministrada por Jesus! Depois, o Pão vivo descido do Céu manifesta-se ao partir do pão: “Estando com eles à mesa, tomou o pão, abençoou, partiu e deu a eles”. A Eucaristia é o sacramento que nos põe em íntima comunhão com o mistério pascal: paixão, morte e ressurreição-glorificação de Jesus. Bem compreendida e celebrada com fé, a Eucaristia incendeia o coração do cristão e o projeta para a missão: “Na mesma hora se levantaram e voltaram a Jerusalém”. (6Pe Luiz Miguel Duarte, ssp = Dia a Dica com o Evangelho – 2018/2020 – Paulus)
Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para ouvirmos juntos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas, que está no capítulo vinte e quatro versículos do treze ao trinta e cinco.
Reconheceram Jesus ao partir o pão. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 24,13-35) 13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilometro de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos,
e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: "O que ides conversando pelo caminho?"
Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: "Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?" 19Ele perguntou: "O que foi?" Os discípulos responderam: "O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu". 25Então Jesus lhes disse: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?" 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas,
explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?" 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!" 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra de Salvação, Glória a Vós Senhor!
Terminada a proclamação do Evangelho de hoje, vamos fazer juntos uma pequena reflexão.
Confessa que temos simpatia por estes dois homens, porque já estivemos como eles: desiludidos, sem norte, a pensar que Deus nos esqueceu ou que, pior ainda, promete muito e depois falha. Deixemos que Jesus se aproxime de nós e nos explique como, afinal, foi bom que tudo fosse assim.
Os discípulos descobriram que aquele homem era Jesus, o Deus vivo, na fração do pão: o mesmo gesto da última Ceia e o mesmo gesto essencial de cada Missa. Como vivemos cada Eucaristia? Reconhecemos Jesus? (7Pedro Gil –passo a rezar net 03 04)
Há momentos decisivos na vida em que precisamos tomar decisões cruciais. Jesus faz de conta que vais seguir adiante. É o momento em que os discípulos são chamados a dizer seu sim. Deixar o Senhor passar pode ser definitivo. É preciso temer o Cristo que passa e, talvez, não retorne. A permanência na graça exige opções nossas. Há escolhas que nos afastam de Deus, caminhos que nos distanciam do Senhor. Quantas vezes precisaremos dizer “fica conosco, Senhor?” Os discípulos de Emaús não deixaram passar o momento da graça. Nossa vida é muito curta para retardarmos a nossa conversão, e a noite pode chegar a qualquer momento. Digamos, portanto, como os discípulos: “Fica conosco, já é tarde e já declina o dia”. (8Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico – 2019 – Ed Ave Maria)
O Ressuscitado se coloca de modos diversos junto aos seus discípulos. No relato apresentado por Lucas, Jesus segue com viandantes de Jerusalém para Emaús. A viagem que empreendem é marcada por um diálogo fecundo e por uma catequese bastante esclarecedora sobre os eventos que deveriam acontecer como Cristo. Porém, cada pessoa tem o seu próprio tempo para entender os eventos que acontecem a sua volta. Jesus sabe acolher o tempo de cada um e usa a pedagogia certa para cada pessoa. Ao se deter na casa dos viandantes, Jesus tem a oportunidade de partilhar com os dois homens o pão à mesa, e é nesse momento que os olhos e o coração de ambos se abrem. Consideremos mais uma vez que, diante da dor e do pesar, precisamos, num dado momento, erguer a cabeça e tentar compreender o que os eventos vividos nos dizem. A paixão de Jesus o conduziu (e a todos nós) à vida nova. (9Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus)
Os discípulos de Emaús caminham, desolados, na direção contrária à da comunidade cristã. Em contato com o Ressuscitado, Palavra Viva, o coração vai se aquecendo e a vida ganha novo sentido. O caminho realizado pelos discípulos assemelha-se à nossa própria caminhada na fé. Quando ausente, desaparece também o sentido da vida e o caminhar se transforma em fuga. A presença do Ressuscitado e de suas palavras desperta lembranças, reativa sonhos e uma nova realidade surge à frente, seja pela presença daqueles que se dispôs a ouvi-los em todas as suas lamentações e expressões de frustração. E a vida dos dois discípulos vai se transformando. A cena termina com um gesto eucarístico. Os olhos do entendimento se abrem, Jesus desaparece, e eles retornam para junto da comunidade reunida. (10Braaz Lorenzetti – CMF – Diário Bíblico 2024 – Ed. Ave Maria).
Estamos terminando este nosso momento de oração. Conversemos com o Senhor sobre o que mais nos tocou durante estes minutos. Em nosso íntimo digamos o que mais precisamos. E manifestemos-lhe a nossa disponibilidade para o escutarmos.
Senhor Jesus, faze-nos compreender as Escrituras que falam de ti como Filho obediente ao Pai, com radicalidade, a ponto de não temer a mote de cruz.
Fonte: (1Pedro Gil –passo a rezar net 03 04) - (2Bíblia Pastoral LC 24,15-35) - (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017/2023 – Paulus) - (5Elizabeth Mendes-FCJ – Diário Bíblico – 2018 – Ed. Ave Maria) - (6Pe Luiz Miguel Duarte, ssp - Dia a Dica com o Evangelho – 2018/2020 – Paulus) - (7Pedro Gil –passo a rezar net 03 04) - (8Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico – 2019 – Ed Ave Maria) - (9Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus)
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