Jesus Ressuscitado é descoberto pela fé

Jesus Ressuscitado é descoberto pela fé - Hoje é dia dois de abril, terça-feira da oitava da Páscoa. Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pedro Gil, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!

Abre-se um jardim novo, pascal, sonhado e desejado nas primeiras páginas da Bíblia. Nele escutas as perguntas que percorrem o caminho até ao teu coração: “Por que choras? A quem procuras?”. O Senhor Ressuscitado nos precede, nos conhece de modo pleno e conduz a nossa vida para um horizonte de plenitude. Abramos os nossos sentidos ao Espírito do Senhor nesta semana de Páscoa. E iniciemos assim nosso momento de oração.

São muitas as pessoas desamparadas, sós ou na escassez. São muitos os que amanhecem sem saber se vão comer e onde vão dormir. Talvez tu sejas, ou tenhas sido, uma dessas pessoas. O olhar quente e preocupado de Deus não larga cada segundo das suas vidas e da tua vida.
Jesus experimentou os males da miséria, o não ter casa e ser refugiado em terra alheia. Por isso, agora, quem vive tais dramas pode encontrar Jesus aí. Porém, na vida futura não haverá miséria, desabrigo ou solidão. Pois o Senhor ama a justiça e a retidão. Se o teu caminho estreitar e vier a incerteza económica, não estranhes sentir inquietação, desconfiança, talvez revolta. Será, porém, o momento de esperares em Deus e de n'Ele te abandonares.

Tenhas muito ou pouco, ajuda quem à tua volta precisa. O familiar necessitado de ajuda económica, tempo ou carinho. O colega que espera conselho, um pouco de simpatia ou o teu ombro para chorar. Os subordinados que precisam de aumento. O pedinte que pede resignado à esquina da tua rua. (¹Pedro Gil – Passo a rezar)

Jesus está vivo, mas já não se manifesta de modo físico, como o Mestre durante sua vida na história. Doravante, ele está presente n mistério da vida de Deus, e torna-se presente e atuante através do anúncio feito por aqueles que nele acreditam. Chegou o tempo das relações da nova aliança: Deus é Pai, e os homens são filhos de Deus e irmãos de Jesus. (²Bíblia Pastoral Jo. 20,11-18)

Rabûni – O encontro de Jesus com Maria Madalena é carregado de emoção. Pense-se na carga de sentimento colocada na exclamação “Rabûni”, que significa “Meu Mestre”, saída do fundo de um coração agradecido! Mesclam-se, ai, sentimentos de amizade, carregada de gratidão por tudo quanto o Mestre havia feito por ela.  E, também, a surpresa de ter encontrado vivo, quem imaginava estar morto. A saudade com que chegava ao sepulcro dá lugar a uma explosão de entusiasmo, a ponto de querer segurá-lo e de ser advertida. A ressurreição marca uma nova etapa na amizade que unia Jesus e Maria Madalena. Mas, também, na de todos os discípulos e discípulas que o seguiam nas longas jornadas de serviço ao Reino. Os discípulos de todos os tempos são desafiados a fazer a mesma experiência de Maria Madalena. O encontro com o Mestre ressuscitado está na origem do discípulo autêntico. (³Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)

Maria Madalena ocupa o centro do deste episódio. Por não ver o cadáver de Jesus, ela chora. Esse choro sentido e expressivo. OS anjos lhe perguntam: “Por que chora tanto?”. O próprio Jesus, que ela imaginava ser um jardineiro, lhe dirige a mesma pergunta: “Por que você chora?”. Quando ela reconhece a presença do Mestre, cessa o choro e a alegria inunda seu ser. Jesus controla o ímpeto de Maria que quer segurá-lo, talvez demonstrar-lhe imenso carinho. OS discípulos, doravante, deverão reconhecer Jesus, não mais pelo contato físico, mas pelo caminho da fé. Maria então recebe a importante missão: de levar aos outros discípulos, que Jesus aqui chama “meus irmãos”, a Boa Notícia do Ressuscitado. E se torna testemunha ocular e fidedigna: “Eu vi o Senhor!” (⁴Pe Luiz Migue Duarte, ssp – Dia a dia com o Evangelho, 2015/2017/2023– Paulus)

Ser chamada pelo nome: Maria! “Voz doce, voz amada que fala meu nome e se revela a mim! Meu Senhor!” Essa é a exultação de Maria Madalena, tudo o que ela queria estava ali, materializado diante dela, o seu Rabôni amado, vivo e que lhe anuncia a ida ao Pai. Maria, na sua fidelidade a Jesus, esteve, sim, chorosa perto do sepulcro; mas da alegria do encontro com o Ressuscitado renasce a esperança e ela vai anunciar isso aos outros. Que o Senhor Jesus nos ajude a sermos fiéis, perseverantes e leais discípulos missionários do seu Evangelho! (⁵Elizabeth Mendes, Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria)

Jesus ressuscitado reservou para Maria um encontro pessoal. Ela representa a comunidade que está à procura do Mestre. Chora por não encontrar o corpo de Jesus no sepulcro; chora naturalmente pela perda do amigo. Continua debruçada sobre a morte, ao passo que, livre das amarras e da corrupção do túmulo, Jesus está vivo. Quando Maria dá as costas ao passado e olha para aquele que a chama pelo nome, descobre que está diante do Senhor ressuscitado. Levada pela emoção e alegria, tenta segurá-lo. Jesus a corrige: “Não me retenha”. Doravante seu relacionamento com Jesus assume um modo novo. A missão da comunidade não é segurar Jesus, mas anunciá-lo aos irmãos. É o que faz Maria Madalena, tornando-se, desse modo, a primeira evangelista da ressurreição de Jesus. (⁶Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018/2020 – Paulus)“Por que choras?” – Há diversas formas de perguntarmos isso às pessoas. Há quem o faça apenas por curiosidade; há quem realmente se interesse pelo choro alheio e até se comova, mas nada pode fazer para aliviar a dor daquele que chora. Duas vezes, no Evangelho de hoje, maria é interpelada sobre o motivo de seu choro. A primeira é por parte dos anjos. Cabe aos anjos apenas anunciar; eles são servidores do Senhor, e cabe-lhes apenas a mensagem. A segunda, por parte do próprio Jesus. Caso fosse jardineiro, seria mais uma pessoa bem-intencionada querendo ajudar, sem, porém, poder. Quando Madalena reconhece a voz de Cristo, encontra o conforto para suas lágrimas. Precisamos muito de pessoas que “chorem” conosco e que estejam ao nosso lado. Precisamos muito mais de chorar com Cristo, pois só Ele é capa de enxugar definitivamente as nossas lágrimas. (⁷Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria)

Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para ouvirmos juntos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João, que está no capítulo vinte, d e versículos do onze ao dezoito (J0 20, 11-18)

Aleluia, Aleluia, Aleluia. Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!

Eu vi o Senhor!"; e eis o que ele me disse. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (Jo 20,11-18) Naquele tempo, ¹¹Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando.
Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. ¹²Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. ¹³Os anjos perguntaram: "Mulher, por que choras?" Ela respondeu: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram". ¹⁴Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. ¹⁵Jesus perguntou-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Pensando que era o jardineiro, Maria disse: "Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar". ¹⁶Então Jesus disse: "Maria!" Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: "Rabuni" (que quer dizer: Mestre). ¹⁷Jesus disse: "Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai.
Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus". ¹⁸ Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor!", e contou o que Jesus lhe tinha dito. Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor!

Concluindo nossa reflexão de hoje – Porque somos humanos, diante de alguns eventos, é natural que nos entristeçamos profundamente. A morte de Jesus para aqueles que o acompanharam de perto foi um golpe muito duro. Contudo, após o momento do luto, é preciso levantar a cabeça e seguir adiante. Maria experimenta este pesar, as, ao mesmo tempo, tem o privilégio de encontrar-se com o Mestre ressuscitado. Como a ovelha que reconhece a voz do pastor, Maria reconhece que aquele homem é Jesus quando pronuncia seu nome. A voz que lhe chega aos ouvidos atinge imediatamente o coração. Ao constatar que o Senhor vive, ela recebe imediatamente a missão – do próprio mestre – de anunciá-lo. Esse relato apresentado por João pode ser tornado como inspirador para nós hoje. Precisamos estar atentos às vozes que nos rodeiam. O ressuscitado nos convoca a anunciar a vitória da vida sobre a morte. (⁸Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o evangelho 2022 – Paulus)

Se considerarmos que Maria, nesta cena do Evangelho, representa a própria comunidade, o seu choro simboliza o estado de desolação vivido pelos discípulos após a morte de Jesus e a dificuldade em aceitar o fato da ressurreição. Os anjos indicam a presença do divino. Contrastam-se o choro de Maria e a veste branca dos anjos, indicando que não havia motivo para tristeza. Jesus se apresenta, em pé, como é próprio do Ressuscitado. Ele a chama de Mulher e ela responde: Senhor. Nesse momento, Jesus e maria representam o novo casal que, no jardim do novo Éden, dão início a uma nova criação. A Boa-Nova da ressurreição coloca Maria em movimento e ela vai correndo anunciar aos discípulos a grande novidade e a mensagem ouvida.

Senhor Jesus, que o encontro contigo, vivo e ressuscitado, reavive a cada dia nosso compromisso de te seguir, levando adiante a missão que nos confiastes. Ó Cristo ressuscitado, profunda é a mensagem que nos vem do teu encontro com maria Madalena. Não cabe a ela segurar-te como propriedade pessoal, mas levar a todos o anúncio de tua ressurreição. Amém

Fonte: (¹Pedro Gil – Passo a rezar) - (²Bíblia Pastoral Jo. 20,11-18) - (³Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (⁴Pe Luiz Migue Duarte, ssp – Dia a dia com o Evangelho, 2015/2017/2023 – Paulus) - (⁵Elizabeth Mendes, Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria) - (⁶Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018/2020 – Paulus) - (⁷Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria) - (⁸Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o evangelho 2022 – Paulus)