Religião Geral

Jesus é maior que Abraão!

“Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte”

21/03/2024 às 11h25
Por: Redação Folha Pantanal Fonte: Fonte: (1Pe. Nelson Faria SJ-passo a rezar net – 21 03 2024) - (2Bíblia Pastoral – Jo 48-59) - (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017 – Paulus) - (5
Compartilhe:
Adelino Alexandre Lopes
Adelino Alexandre Lopes

Jesus é maior que Abraão! - Hoje é dia vinte e um de março, quinta-feira da quinta semana da Quaresma. Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pe. Nelson Faria SJ, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!

Há uma Palavra, cujo eco distante nos promete uma vida capaz de abrir e fecundar os túmulos enclausurados da morte. Uma Palavra que nos fala de misericórdia. Que o manto da misericórdia
nos abra os olhos e o coração, para contemplarmos a manhã de Páscoa. E que esta Quaresma permaneça para nós um tempo fecundo.
(1Pe. Nelson Faria SJ-passo a rezar net – 21 03 2024)

Abraão se alegrou com a promessa feita por Deus de que o futuro Messias iria sair da sua descendência (Gn 12,7; 15,2ss; Gl 3,16). Jesus vai muito além, e atribui a si mesmo o título do Deus do êxodo: “Eu Sou”. (2Bíblia Pastoral – Jo 48-59)

O discípulo não morre – A declaração de Jesus – “Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte” – é surpreendente. Em que sentido o discípulo é imortal? De que vida Jesus está falado? Qualquer pessoa de bom senso logo percebe que Jesus não está falando da vida física. A morte ceifa a vida dos discípulos, assim como acontece com qualquer ser humano. O Mestre está falando de outra vida, a que se refere à relação com Deus: a vida eterna. A palavra de Jesus previne da morte ao colocar no coração do discípulo a convicção de que vale a pena investir no amor e na misericórdia. A prática do amor gera comunhão com o Pai, fonte de vida. Na direção contrária, o egoísmo rompe os laços do ser humano com Deus, gerando morte. Por conseguinte, vida e morte dize, respeito a um modo de ser. O discípulo verdadeiro conhece bem a opção a ser feita. (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)

Abraão é o primeiro elo de uma corrente que se estende ao longo da história da salvação. História que tem como centro e ponto de chegada a pessoa de Jesus Cristo. Abraão esperava a manifestação plena da vida. E isso só acontece com a presença e a prática de Jesus. Como as autoridades não aceitam a vida que Jesus oferece, planejam eliminá-lo. Para escândalo de seus conterrâneos, Jesus afirma: “Antes que Abraão existisse, eu Sou”. Eu sou recorda o nome Javé, com que Deus se deu a conhecer a Moisés, por ocasião da libertação do Egito. Jesus assume esse nome por ser o Filho de Deus que revela de modo pleno o projeto do Pai. Não comprometidos com Jesus, os chefes recolhem pedras para apedrejá-lo. Ameaçado de morte, Jesus se retira do Templo e se esconde. Hoje, como sempre, muitas pessoas são ameaçadas de morte, Por quê? (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp/ Pe. Nilo Luza - ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017/2023 – Paulus)

São notórios os “eus” de Jesus no Evangelho de João. Eu sou nos remete aos textos do Primeiro Testamento, principalmente o da sarça ardente, em que Deus se revela como “Eu sou!”. Aquele que é! Jesus, mais uma vez está revelando aos judeus quem ele é: Filho de Deus e mais uma vez eles não querem compreender, aceitar a divindade de Jesus. Presos às suas tradições arcaicas, fecham-se a essa grande revelação e tramam matar Jesus. Que o Senhor nos ajude a reconhecê-lo na Eucaristia, na Palavra, no irmão e que a força dessa revelação de Deus nos impulsione a amá-lo mais! (5Elizabeth Mendes, FCJ – Diário Bíblico – 2018 – Ed. Ave Maria)

Os judeus dizem a Jesus: “Tu não és maior que o nosso pai Abraão”. Sim. Jesus é maior. Esse homem, nascido de mulher, ousa afirmar que existia antes de Abraão, em quem o povo de Israel via sua origem. Mais que isso, ele expressa sua identidade, retomando as mesmas palavras com que Deus havia se revelado a Moisés: “Eu Sou”. (cf. Ex 3,14) Além disso, Jesus afirma que “Abraão, o pai de vocês, exultou esperando o meu dia. Ele viu e se alegrou”. É uma alusão às promessas feitas a Abraão, (Gn 17,7): “Eu serei o seu Deus e o Deus de seus descendentes”. Em espírito, Abraão viu o mundo futuro, o dia messiânico, o tempo atual, e alegrou-se na esperança. Os chefes do povo, porém, em vez de entusiasmar-se com a vida que brota da prática de Jesus, planejam sua morte. (6Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018/2020 – Paulus)

Que triste afirmação: “Nosso Pai e Abraão”. Como é lamentável quando um filho não reconhece sua procedência! Dizer que é filho de Abraão é aceitar apenas a nossa humanidade, é reconhecer que somos apenas humanos. Somos. Sim, descendentes de Abraão, mas há em nós o Espírito Santo, que clama que somos filhos de deus, e não apenas de Abraão. Quem nega sua filiação divina também nega a si mesmo, pois só podemos nos compreender como pessoas verdadeiramente humanas quando olhamos para o Cristo e reconhecemos que, não obstante os sofrimentos deste mundo, somos filhos. Apesar de nossos pecados, das nossas rebeldias, somos filhos. (7Moisés Alves dos Santos – Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria)

Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para ouvirmos juntos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João que está no capítulo oito, versículos do cinquenta e um ao cinquenta e nove.

Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor! - Oxalá ouvísseis hoje a sua voz.  Não fecheis os corações como em Meriba! -

Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (Jo 8,51-59) Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 51"Em verdade, em verdade, eu vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte". 52Disseram então os judeus:
"Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: 'Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte'. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão,
que morreu, como também os profetas? Quem pretendes tu ser?". 54Jesus respondeu: "Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia; ele o viu, e alegrou-se". 57Os judeus disseram-lhe então:
"Nem sequer cinquenta anos tens, e viste Abraão!?" 58Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou". 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do Templo. Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor!

Terminada a proclamação da Palavra vamos fazer juntos uma pequena reflexão, para concluir o que nos diz o Evangelho de hoje! Ainda estamos no capítulo oito do Evangelho de João. Jesus continua lidando com os judeus e suas descrenças, dúvidas e questionamentos. Poderíamos afirmar que a falta de sintonia entre Jesus e os judeus se deve – também – ao fato de que ambos estão posicionados em lados opostos e falam a partir de entendimentos distintos. Há, sim, pontos comuns entre Jesus e os judeus – e não poderia ser diferente -, contudo, a maneira de compreender e interpretar a realidade faz com que os passos de um e outro trilhem estradas distintas. Jesus é a luz, a verdade, aquele que vence a morte e aquele que é. Aos poucos, nesse caminho quaresmal, vamos descortinando quem é Jesus de forma muito didática justamente porque esse caminho nos leva a conhecê-lo para assumi-lo em nossa vida. Não nos esqueçamos de que esse tempo que a Igreja nos oferece é por excelência tempo de preparação para assumir (ou reassumir) o batismo junto com a vitória sobre a morte do Ressuscitado. (8Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus)

Jesus é acusado de estar delirando, de não estar com a verdade. Ao mesmo tempo que responde aos acusadores, também se revela e admite a estranha normalidade de sua conduta. Seu modo de agir não vem de si mesmo, mas inspirado pelo Pai. Ao contrário, o modo de agir dos incrédulos desonra o Filho e desonra o Pai. O Filho é honrado enquanto os inimigos são julgados. Os níveis de conversa acontecem em diferentes profundidades. Enquanto os judeus falam do plano físico, Jesus se refere ao plano do divino, que ultrapassa o nível da história e se projeta na eternidade. Assim também em relação à morte, Jesus fala da vida em Deus e os judeus se referem à vida física. (9Braz Lorenzetti CMF – Diário Bíblico 2024 – Ed. Ave Maria)

É o Senhor quem procura Abrão e estabelece uma aliança com ele. Deus escolhe-o para andar na sua presença. Também nós encontramos graça aos olhos do Senhor. Ele escolheu-nos. Aceitamos viver esta aliança? Com a aliança vem a missão. Abrão passa a chamar-se Abraão, e com um novo nome surge a missão. Abrão significa “Pai honrado”, e Abraão significa “Pai de uma multidão”.
Com o batismo, também nós recebemos o encargo de cuidar da multidão dos filhos de Deus. Observando o que ouvimos no Evangelho, podemos ver como Abraão está de rosto caído na terra e como as palavras de Deus o levantam e o enviam. Guardar a aliança é permanecer no amor de Deus. Procuremos o rosto do Pai, agora que terminamos no momento de oração, e digamos-lhe: “Pai, queremos ficar contigo. Fica conosco Senhor!”
(Pe. Nelson Faria SJ – passo-a-rezar.net. 21 03 2024)

Senhor Jesus, que a tua palavra nos coloque cada dia, no caminho da vida, em comunhão com o Pai, o Deus de amor! Ó Jesus Mestre, incapazes de reconhecer tua origem divina, os chefes do povo querem te apedrejar. Dá-nos, Senhor, paciência e perseverança para seguir semeando, mesmo em terreno improdutivo. Amém.

 Fonte: (1Pe. Nelson Faria SJ-passo a rezar net – 21 03 2024) - (2Bíblia Pastoral – Jo 48-59) - (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017 – Paulus) - (5Elizabeth Mendes, FCJ – Diário Bíblico – 2018 – Ed. Ave Maria) - (6Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018 – Paulus) - (7Moisés Alves dos Santos – Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria) - (8Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus) - (9Braz Lorenzetti CMF – Diário Bíblico 2024 – Ed. Ave Maria) - (Pe. Nelson Faria SJ – passo-a-rezar.net. 21 03 2024)

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários