Religião Geral

José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado

“A festa de hoje é do esposo de Maria”

19/03/2024 às 13h12
Por: Redação Folha Pantanal Fonte: Fonte: (1Bíblia Pastoral – Mt,1,16.18-21.24a)- (2Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus 2011 – Paulinas) - (3Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015- Paulus) - (4Biblía pastoral – Lc 2,41-52) - (5Elizabeth Mendes FCJ –
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Adelino Alexandre Lopes
Adelino Alexandre Lopes

Hoje é dia dezanove de março, terça-feira, solenidade de São José.

Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pe. Nelson Faria SJ, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!

Abrindo-se à vida que não lhe pertence, ao sonho que lhe fala, ao dom que o ultrapassa, José inscreve o seu nome na Promessa. É das suas mãos que recebemos o Messias. Hoje, confiemos a nossa oração a José, o Esposo da Virgem; e que o Senhor nos revele os seus desígnios, ainda que sejam diferentes do que esperamos ou projetamos.

Jacó foi o pai de José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Messias. Jesus não é apenas filho da história dos homens. É o próprio Filho de Deus, o Deus que está conosco. Ele inicia nova história, em que os homens serão salvos (Jesus = Deus Salva) de tudo o que diminui ou destrói a vida e a liberdade (os pecados) (1Bíblia Pastoral – Mt,1,16.18-21.24a)

Falar da geração de Jesus por obra do Espírito Santo é a maneira de relacioná-lo, estreitamente, com Deus. Dado indispensável para a consciência de ser Filho de Deus. A novidade consistiu em pensar a geração divina sem, contudo, privá-lo da condição humana. Os cristãos pensavam a identidade de Jesus de forma correta, reusando-se a considerá-lo “super-homem”, ou igualá-lo aos heróis da mitologia, cuja origem era atribuída à ação dos deuses. O contexto, da declaração do anjo, estava carregado de humanidade. José, homem justo e bom, recusava-se a submeter Maria aos rigores da lei, no tocante ao adultério. Maria, na simplicidade de mulher do povo, acolhia a ação de Deus sem interpor dificuldades. Nada havia de grandioso, a ponto de transformar o filho que nasceria em ser humano especial, aos olhos dos concidadãos. A fé dos discípulos, sim, descobriu na humanidade de Jesus os traços da condição divina de quem foi gerado pelo Espírito. (2Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus 2011 – Paulinas)

Embora São José seja cercado de profunda veneração pelas gerações cristãs, sua festa só alcançou visibilidade e expansão nos últimos séculos. Começou a fazer parte do Calendário universal em 1621. Pio IX, em 1870, o declarou patrono da Igreja. O evangelho o apresenta como figura fundamental para a realização do projeto de Deus. José legou a Jesus a descendência de Davi. Ele é o pai de Jesus segundo a lei, esposo de Maria, chefe de família da Nazaré. Está presente e age eficazmente, sobretudo no nascimento e infância de Jesus. No episódio de hoje, José participa da aflição de Maria ao notar a ausência do adolescente Jesus. Questionaram-no, mas “mas não compreenderam o que ele lhes tinha dito”. Certamente à semelhança de Maria, José meditava no coração sobre todas essas coisas. (3Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luzza,ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017/2023- Paulus)

“...As primeiras palavras de Jesus mostram que toda a sua missão decorre de sua relação filial com o Pai. Isto significa que essa missão provém do próprio mistério de Deus e da realização de sua vontade ente os homens. Contudo, ela se processa dentro do mistério da Encarnação, onde Jesus vai aprendendo a viver a vida humana como qualquer outro homem. (4Biblía pastoral – Lc 2,41-52)

Hoje a Igreja celebra a festa de São José, esposo de Maria, Mãe de Jesus. Figura emblemática na história da salvação, José é apresentado no Evangelho de Mateus como homem de bem, aquele que faz a vontade de Deus. Abre mão dos seus projetos pessoais, para consolidar no tempo o grande projeto de Deus para a salvação da humanidade. Esposo de Maria, esta é a grande vocação/missão de José! E o Evangelho de Mateus narra o sonho de Jose no qual o Anjo lhe pede que não abandone Maria, que assuma o filho e lhe dê um nome. Despertando, ainda segundo o relato evangélico, fez o que o Anjo lhe dissera e Maria foi recebida em sua casa como esposa. E assim Jesus se torna legalmente filho de José. José de Nazaré é o zeloso guardador do mistério do Emanuel, o Deus Conosco! (5Elizabeth Mendes FCJ – Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria)

Último patriarca a receber comunicações via sonhos e declarado patrono da Igreja, por Pio IX, São José é pai adotivo e guarda do menino Jesus e colocado como chefe da Família de Nazaré. Ele estabelece a ligação de Jesus à descendência de Davi. Os evangelhos pouco falam de José. As poucas menções revelam que ele era carpinteiro, descendente da tribo de Davi, homem justo. Foi uma figura silenciosa, mas muito presente na infância e adolescência de Jesus. O episódio do encontro de Jesus no templo é o evangelho proposto para a solenidade de São José. O relato mostra José acompanhando sua família até Jerusalém, mas o centro da narrativa é Jesus. Mesmo tendo pais terrenos, Jesus mostra, desde pequeno, sua relação filial com Deus, seu Pai. Interrogado pela mãe, ele responde que deve se preocupar com as coisas do seu Pai. Seguir a vontade de Deus pode significar ir além dos limitados horizontes da família. Jesus volta com sua família e convive com ela até o dia em que assumirá sua missão profética e missionária. (6Lc 2, 41-51a- Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Pe. Nilo Luzza, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2018/2020- Padres e Irmãos Paulinos 2022 – Paulus)

Tudo que conhecemos de José está centrado na sua relação com Jesus e Maria. “A festa de hoje é do esposo de Maria”. Ele também é conhecido por ser “o pai adotivo de Jesus”. Dele só sabemos que era carpinteiro. Até mesmo sua profissão não diz tanto sobre ele, mas sobre o que ele representava para a família, uma vez que era o seu mantenedor. José é, portanto, exemplo de que, para servir o Senhor, nem sempre somos chamados a sermos os protagonistas principais da evangelização. Há lugar para todos como “operários da messe”. José abandonou seus sonhos de ter uma família “normal” e de prosperar na vida para viver à sobra do Filho, como servo humilde e silencioso. Apesar de falar pouco e das atitudes simples, foi do trabalho de José que Maria e Jesus tanto usufruíram para a missão salvadora. José é apenas servo. Que ele interceda por nós junto ao seu Filho, para que também aprendamos a beleza singela da nossa missão no mundo. (7Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed Ave Maria)

Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para ouvirmos juntos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo São Mateus, que está no capítulo um, no versículo, do dezoito ao vinte e um e o versículo vinte e quatro a. (Mt 1, 16.18-21.24ª)

Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo, palavra de Deus! Felizes os que habitam vossa casa, para sempre eles hão de vos louvar!

José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, Glória a Vós Senhor! (Mt 1, 16.18-21.24ª) 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho,
e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. Estas, amados irmãos e irmãs, Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor!

Ouvida a proclamação do Evangelho vamos fazer juntos uma pequena reflexão:

O culto a São José remonta ao início do cristianismo, a partir do século IV por volta do ano 300. José, descendente de Davi, era provavelmente de Belém. Mudou-se depois para Nazaré, por motivos familiares ou de trabalho. Recebeu do anjo a notícia da gravidez de Maria, sua esposa, por obra do Espírito Santo. Homem justo, não querendo difamá-la, pensou em deixá-la m segredo. A intervenção do anjo foi decisiva para que aceitasse ser pai adotivo de Jesus. Estado em Belém para o recenseamento, nasceu lá o Menino Jesus. Não demorou muito, a Sagrada Família teve que fugir para o Egito, de onde, mais tarde, teria regressado para estabelecer em Nazaré. Todos os anos a família participava da festa da Páscoa em Jerusalém. Ao completar doze anos, o Menino acabou ficando com os doutores no templo. É o último episódio relatado pelos evangelistas com a presença de José. Desse episódio em diante, os evangelhos nada mais falam a respeito dele. É possível que José tenha morrido antes de Jesus iniciar sua vida pública.

José era de tal forma justo que não queria difamar Maria. Certamente que se sentia magoado, mas entendia que isso não era razão para maltratar Maria. Nós Conseguimos, nos momentos em que sentimos uma ferida, resistirmos à tentação de magoar o outro? José é o homem que sonha com a vontade de Deus. Aqui reside o segredo da nossa felicidade: em todas as circunstâncias, deixarmos que seja Deus, que seja a bondade a guiar os nossos sonhos. Somos suficientemente livres para o fazer? Ao meditarmos sobre o Evangelho de hoje, deixemos que a justiça e a bondade que habitam o coração de José ganhem raízes no nosso coração. É fácil, nos momentos da prova, maldizer todos. É normal querer magoar os outros quando estes nos magoam. Mas o milagre de Deus brota dos corações que procuram o bem a tempo e a destempo. Falemos com o Pai sobre as nossas feridas. Peçamos-lhe que aprendamos, de José, a cuidar de todos com justiça. Senhor Jesus, como discípulo fiel, reconhecemos a ação do Espírito, força geradora que está na origem de tua existência.

Fonte: (1Bíblia Pastoral – Mt,1,16.18-21.24a)- (2Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus 2011 – Paulinas) - (3Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015- Paulus) - (4Biblía pastoral – Lc 2,41-52) - (5Elizabeth Mendes FCJ – Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria) - (6Lc 2, 41-51a- Pe Luiz Miguel Duarte, ssp – Pe. Nilo Luzza, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2018/2020 – Paulus) - (7Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed Ave Maria)

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