Religião Geral

Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra

Vai e não tornes a pecar

18/03/2024 às 12h24
Por: Redação Folha Pantanal Fonte: Fonte: (1Pe. Nelson Faria SJ – passo a rezar) - (2Bíblia Pastoral Jo, 8,1-11) - (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015 / 2017/2023Paulus) - (5Moisés Al
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Adelino Alexandre Lopes
Adelino Alexandre Lopes

Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra -

Hoje é dia dezoito de março, segunda-feira da quinta semana da Quaresma.- Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pe. Nelson Faria SJ, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem!

No coração da Páscoa reside um mistério familiar: um Filho que se confia ao seu Pai, e um Pai que se entrega por inteiro oferecendo a sua Vida, o seu Espírito. E na carne de Cristo, no seu corpo aberto, está toda a Humanidade, todos os filhos de Eva e Adão, numa mesma reconciliação.
Deixemo-nos abraçar pela família da Humanidade, finalmente completa na doação do Filho. E iniciemos assim o nosso momento de oração de hoje.
(1Pe. Nelson Faria SJ – passo a rezar)

Mais uma vez Jesus mostra que a pessoa humana está acima de qualquer lei. Os homens não podem julgar e condenar, porque nenhum deles está isento de pecado. O próprio Jesus não veio para julgar, pois o Pai não quer a morte do pecador, e sim que ele se converta e viva. (2Bíblia Pastoral Jo, 8,1-11)

A atitude de Jesus em relação à mulher flagrada em adultério foi exemplar. A petulância dos escribas e fariseus não lhe tirou a calma. Manteve-se sereno diante dos acusadores, cuja intenção de pegá-lo em alguma palavra em falso para acusá-lo lhe passava despercebida. O apedrejamento previsto para a mulher haveria de ser, também, a sorte dele. Jesus não se deixou enredar nas artimanhas dos inimigos. Antes, deixou os adversários sem chão ao desafiar quem fosse inimputável a começar o apedrejamento. “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra!” A carapuça coube-lhes perfeitamente! Quanto à mulher, Jesus deu-lhe um voto de confiança, exortando-a a não pecar mais. Quiçá, fosse menos pecadora que os acusadores. Jesus lhe abriu nova perspectiva de vida. (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)

Na área do templo, Jesus ensina a todo o povo “que ia ao seu encontro”. Rumores de passos de um grupo apressado interrompem a palestra de Jesus. Doutores da Lei e fariseus, que viviam a caça de ocasião para acusar Jesus de alguma falha, preparam-lhe uma armadilha: ele deverá responder se é a favor do apedrejamento da adúltera, ou então ir contra a lei de Moisés, se a absolver. Em nome da Lei, querem destruir o Mestre. Com atitude serena e majestosa, Jesus os convida a jogar a pedra na mulher, com uma condição: se forem inocentes. Não eram; viviam no pecado. Por isso, desapontados, desapareceram. Jesus liberta a mulher das mãos dos improvisados e maldosos juízes e a liberta também da situação do pecado. Oferece-lhe condições de vida nova e plena. (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015 / 2017/2023Paulus)

O Livro de Daniel nos apresenta o julgamento injusto de uma mulher. Susana, que nada fez que merecesse a condenação. Ela não foi infiel, pelo contrário, era uma vítima, como tantas mulheres na nossa sociedade, mas foi acusada de ter provocado o próprio abuso sexual. Os homens no texto se apresentam como donos da mulher. Parece que o fato de ela ser bonita dá a esses homens o direito de investirem contra ela. Não se trata de conquista, de amor com liberdade. A mulher se torna coisa, objeto. É assim também que a mulher do Evangelho é apresentada. Não se fala do homem que cometeu o adultério com ela. Talvez estivesse até apoiando o seu apedrejamento. Tanto na sua primeira leitura como no Evangelho, a culpa é atribuída à mulher, simplesmente por ser mulher Que Deus nos livre de olhar para o outro com tal sentimento de posse e que Ele nos ensine o amor que deixa livre, e só por isso é amor. (5Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro,CMF-Diário Bíblico 2019- Ed. Ave Maria)

“... Deus não abando os inocentes, injustamente caluniados. Salientam-se a fidelidade e retidão de Suzana, que prefere enfrentar a morte, uma vez que o adultério era punido com o apedrejamento. Sem dúvida, a estória critica a corrupção dos juízes que condenam inocentes e absolvem culpados e fazem chantagem e extorsão.... Deus julga..., para fazer justiça”. (6Bíblia Pastoral -Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62)

Ansiosos por “testarem Jesus e terem motivo de o acusar” os chefes do povo parecem satisfeitos por tornar público um ato que se dá na intimidade. Pior: desejando que a adúltera seja apedrejada. O que diz o mestre a esse respeito? Jesus abaixa-se, escreve no chão com o dedo, ouve repetidas vezes a mesma maliciosa pergunta. Com sabedoria, ele se põe de pé e dispara a inesperada sentença capaz de provocar total reviravolta: “Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra”. Golpe certeiro. Desmantela a arrogância dos acusadores e faz cair de suas mãos as pedras destinadas ao homicídio. O Mestre, que veio para salvar e não para condenar, livra da morte a mulher, e aos doutores da Lei e fariseus, afundados no pecado, dá a possibilidade de refletirem sobre seus atos e se converterem. (7Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2020 – Paulus)

Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para ouvirmos juntos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João, que está no capítulo oito, versículos do um ao onze. (Jo 8, 1-11)

Glória a vós, Senhor Jesus, Primogênito dentre os mortos! Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida.

Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (Jo 8,1-11) Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2 De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele.
Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres.
Que dizes tu?" 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar.
Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: "Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra". 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, de pé. 10Então Jesus se levantou e disse: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?" 11Ela respondeu: "Ninguém, Senhor". Então Jesus lhe disse: "Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais".

Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor!

O povo vai ao encontro de Jesus, porque o ama e gosta de estar com ele. Há um relacionamento mútuo de amor e todos se sentem acolhidos. Por outro lado, há os adversários sempre dispostos a atrapalhar o encontro fraterno e amigo de Jesus com seu povo. Esses adversários levam uma mulher adúltera para que Jesus a condene conforme a lei. Depois que Jesus ordenou que atirasse a primeira pedra quem não tivesse pecado, restaram somente, como disse Santo Agostinho, a grandeza do amor e a pequenez daquela mulher. Fora levada por aqueles que queriam sua condenação. Nosso Senhor, como sempre, não deixou passar a ocasião de transformar a vida daquela mulher e de dar uma boa lição ais seus acusadores, que foram embora envergonhados. O amor de Jesus supera a crueldade desses adversários, que não trouxeram o adúltero. Talvez ele estivesse de pé no meio deles com uma pedra na mão. Toda pessoa cristã deveria se colocar diante de Jesus, para receber ao mesmo tempo a abundância de seu amor e a indicação do caminho a seguir. Jesus é juiz e nos deixou um mandamento: não julguem. Ele reserva a si essa função, no fim dos tempos. Por ora, o que ele exerce, com abundância e muita generosidade, é a misericórdia, ao amor e o perdão. (8Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus)

A presença de Jesus no templo faz com que o povo procure por ele. As lideranças, no entanto, querem encontrar motivos para acusá-lo e, se possível, condená-lo. A mulher surpreendida em adultério é um bom pretexto. Não que estivessem preocupados com a mulher, mas era uma oportunidade para exercer seu legalismo e colocar Jesus em apuros. Como mestre que fala com sabedoria e ensina com amor, Jesus lança um desafio: “quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Os acusadores não resistem a um mínimo exame de sua vida. Denunciados pela própria consciência, não ousam condenar a mulher. Antes de condenar, precisamos olhar nosso telhado, que pode ser de vidro. (9Bráz Lorenzetti, CMF – Diário B´´iblico 2024 – Ed. Ave Maria)

O que terá Jesus escrito com o dedo no chão? Diante da provocação dos escribas e fariseus, Jesus pausa, inclina-se e escreve na terra. Que verdade essencial estará Ele a preparar-se para te recordar? Os fariseus e os escribas aproveitam-se da miséria de uma mulher para apanhar Jesus em falso. Recordemos a última vez que sofremos a tentação de prejudicar alguém para podermos alcançar os nossos objetivos? Olhemos bem fundo o nosso coração. Nenhuma pedra é atirada, mas há um meteoro que cruza os céus nesta passagem do Evangelho. O seu nome é misericórdia. Aproximemo-nos de Jesus, que se encontra inclinado sobre a terra, ainda a escrever algo com o seu dedo. Peçamos o seu perdão, na esperança de escutarmos, como a mulher deste Evangelho: «Vai e não tornes a pecar».(10Pe. Nelson Faria SJ – passo a rezar)

Senhor Jesus, que tua exortação – “Não peque mais!” seja acolhida, como motivação, para trilharmos sempre a estrada do amor misericordioso. Ó Jesus, mestre de bondade, conheces o mais íntimo de todo ser humano e não te deixes levar pela falsidade: dá-nos, Senhor, sabedoria para compreender e valorizar cada pessoa, sem condená-la. Amém

Fonte: (1Pe. Nelson Faria SJ – passo a rezar)  - (2Bíblia Pastoral Jo, 8,1-11)  - (3Jaldemir Vitório, SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (4Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015 / 2017/2023Paulus) - (5Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro,CMF-Diário Bíblico 2019- Ed. Ave Maria) - (6Bíblia Pastoral -Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62) - (7Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2020 – Paulus) - (8Padres e Irmãos Paulinos – Dia a Dia com o Evangelho – 2022 – Paulus) - (9Bráz Lorenzetti, CMF – Diário B´´iblico 2024 – Ed. Ave Maria) - (10Pe. Nelson Faria SJ – passo a rezar)

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