Jesus dá a vida a quem ele quer! (5,17-30)
Hoje é dia treze de março, quarta-feira da quarta semana da Quaresma, dia em que se assinala o décimo primeiro aniversário da eleição do Papa Francisco.
Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) Uma iniciativa que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - e parte do texto é de autoria do Pe. Antônio Sant’Ana SJ, a proclamação do Evangelho - Liturgia Diária CNBB 2024, os Evangelhos do dia a dia das Edições Paulus e Paulinas, Diário Bíblico Editora Ave Maria,.
Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem.
É diante da nossa vida que encontramos o dom e a responsabilidade maiores, a graça e a exigência das relações, o sentido do humano e do divino. Que este caminho quaresmal alimente em nós a memória do tempo e da história, e que a Páscoa do Senhor abra o nosso olhar para o horizonte da eternidade. (1Pe. Antônio Sant’Ana SJ – passo-a-rezar.net 13 03 2024)
Em tudo o que faz, Deus procura dar a vida, a sua maior obra é a ressurreição. Ressuscitar não é apenas voltar à vida física, mas levantar-se para começar vida nova e transformada. A fé em Jesus, que é compromisso com sua palavra e ação, leva o povo a começar a vida nova da ressurreição, organizando-se como família dos filhos de Deus e irmãos de Jesus. Assim, a morte já será vencida, e será definitivamente na ressurreição final! (2Bíblia Pastoral Jo, 5,18-30)
Fazer-se igual a Deus: Quando e tratava de fazer o bem, Jesus se colocava acima de qualquer lei ou tradição. O sofrimento humano tocava-o profundamente. Assim, era-lhe impossível cruzar os braços diante dos sofredores, por submissão aos preceitos sabáticos. Os inimigos de Jesus acusavam-no de blasfêmia, pois fazer milagres em dia de sábado, no imaginário religioso, correspondia a agir como Deus, para quem todo dia é dia de fazer o bem. Essa liberdade para fazer o bem seria um dos motivos de sua condenação à morte. (3Jaldemir Vitório SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas)
Entre Deus Pai e Jesus existe perfeita harmonia, comunhão total. O Filho tem acesso às obras do Pai e faz aquilo que o Pai faz. Ora, o Pai ressuscita os mortos e haverá de ressuscitar o Filho. Jesus se apresenta como Filho e ousa anunciar que, por sua voz, os mortos retornarão à vida. Ensina também que o Pai confia de tal modo no Filho, que lhe confere autoridade para julgar o mundo. Seu julgamento é justo, porque faz a vontade do Pai que o enviou. Os doutores da lei não suportam que uma pessoa, semelhante a eles, se atreva a jugar-se tão próxima de Deus. Acreditam em Deus, mas não aceitam Jesus como Filho de Deus. O conflito entre esses doutores e Jesus se agrava. Desembocará na crucificação do Mestre. (4Pe. Luz Miguel Duarte - ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017 – Paulus)
Não busco a minha vontade. Jesus, nesse relato evangélico, expõe de maneira clara a sua relação com o Pai: ele só faz o que vê o Pai fazer. Jesus pede que ouçamos a sua palavra e acreditemos naquele que o enviou, ou seja, no Pai. Diante desse apelo de Jesus, coloquemo-nos diante de Jesus para sermos julgados com justiça, pois o seu julgamento é justo. Seremos julgados pelo amor. (5Elizabeth Mendes, FCJ – Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria/-Pe.Luiz Miguel Duarte – Pe. Nilo Luza,ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2023 - Paulus)
Os judeus queriam matar Jesus, “não somente porque violava o sábado, mas também porque dizia que Deus era o seu Pai, fazendo-se assim igual a Deus”. Com efeito, o Pai e o filho são iguais: na ação (“O Filho, faz apenas o que vê o Pai fazendo”); no ter vida: (“A ao longo da história. Assim como o Pai tem vida em si próprio, concedeu ao Filho ter a vida em si próprio”); no dar a vida: (“Assim como o Pai, dá a vida, o Filho também dá a vida”) em ser honrados (“Para que todos honrem o Filho da mesma forma que honram o Pai”). As obras do Pai são: a criação, a libertação e a conservação do povo. Quais são as obras do Filho? Muitos sinais, milagres e “obras maiores do que estas”. Entre elas a grande obra de ressuscitar os mortos e de julgar a todos no fim dos tempos. (6Pe. Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018 – Paulus)
Os judeus querem matar Jesus por Ele afirmar que Deus é Pai. Na verdade, trata-se de uma grande novidade para eles. Deus sempre foi definido como “puro espírito”, “primeira causa”. Deus é tudo isso: Ele é o eterno e único necessário. Esses conceitos, entretanto, embora, sirvam para glorificar o nome d’Ele, também o distancia do ser humano. Na pessoa de Jesus, descobrimos que Deus não é apenas o Todo-Poderoso, “criador do céu e da terra”; Ele é Pai, é o nosso Pai. A designação de Pai serve para compreendermos que, em Deus, podemos confiar e recorda-nos que não somos chamados para servir um Deus implacável e justiceiro. O Criador nos ama e considera-nos como filhos. Os judeus não aceitam essa revelação por pensarem que tal designação diminui a imagem de Deus. Pelo contrário, a revelação de Deus como Pai exalta ainda mais aquele que não só criou o mundo, mas que nos ama com amor eterno. (7Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro,CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria)
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. Neste momento eu convido os irmãos e irmãs para ouvirmos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Glória a Vós Senhor: (Jo 5,17-30)
Naquele tempo, 17Jesus respondeu aos judeus: "Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho". 18Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque, além de violar o sábado, chamava Deus o seu Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus. 19Tomando a palavra, Jesus disse aos judeus: "Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz também. 20O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados. 21Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. 22De fato, o Pai não julga ninguém, mas ele deu ao Filho o poder de julgar, 23para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida. 25Em verdade, em verdade, eu vos digo: está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem, viverão. 26Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do Homem. 28Não fiqueis admirados com isso, porque vai chegar a hora, em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho e sairão: 29aqueles que fizeram o bem, ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação. 30Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto, e meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou". Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra de Salvação, Glória a Vós Senhor!
Tendo ouvido a proclamação do Evangelho de hoje, façamos juntos uma pequena reflexão:
O horizonte da Quaresma é o grande Mistério da morte e ressurreição de Jesus que celebramos daqui a umas semanas, na Páscoa. É para aí que caminhamos, exercitando as práticas quaresmais do jejum, da esmola e da oração. Temos trabalhado, e vivenciado três dimensões, em nossas vidas? Quando fazemos jejum, centramos no essencial. Quando damos esmola, partilhamos o que temos com alguém. Quando rezamos, nossa oração está em afinidade em relação com Jesus. Em tudo isto, deixamos que Deus trabalhe em nós e transforme o nosso coração. Nos deixamos ser moldados por Deus nesta Quaresma? Vivemos num mundo ferido pelas guerras e pelo drama dos refugiados. Pensemos como, sem o Amor de Deus que nos é dado por Jesus, perdemos a vida divina que há em nós. Neste dia em que celebramos o décimo primeiro aniversário da eleição do Papa Francisco, reza por ele. Pede a Jesus para que continue a ser sinal de alegria, de acolhimento e de fé. (8Pe. Antônio Sant’Ana SJ – passo-a-rezar.net 13 03 2024)
Concluindo - A presença de Jesus é incômoda para muitos e por diferentes motivos. No Evangelho de hoje, os judeus não aceitavam a liberdade de Jesus, que fazia o que não era permitido aos sábados e chamava a Deus de Pai. Jesus vem romper com o esquema estabelecido e, obviamente, haverá questionamento e hostilidade por parte daqueles que têm certeza de que o errado é o outro, nesse caso, Jesus. Em sua resposta aos judeus, Jesus tenta clarificar quem ele é e qual é a sua missão. Jesus e o Pai formam uma unidade que pode ser traduzida e entendida como perfeita sintonia. Não há aqui relação de dependência e anulação de um ou de outro; mas profunda cumplicidade e complementariedade. Jesus não vive por si, mas segundo o projeto que o Pai tem para ele. O que move o nosso coração e firma nossos pés na comunidade? (9Padres e irmãos Paulinos – Dia a dia com o Evangelho 2022 – Paulus)
Este evangelho reflete o conflito entre os cristãos e a comunidade judaica. As lideranças ficam indignadas porque Jesus não respeita o sábado e por ele dizer ser Filho de Deus, proclamando a unidade profunda que existe entre ele e o Pai, bem como sua dependência em relação a ele. A unidade entre o Pai e Filho está fundamentada no amor entre os dois. Assim, há perfeita comunicação e comunhão. O poder de Deus não está restrito só à cura de um enfermo, mas é o poder sobre a própria vida, abrangendo a ressurreição dos mortos, pois o mesmo poder de Deus Pai sobre a vida é dado ao Filho. Ouvir a Palavra, crer e colocá-la em prática significa ter vida plena, eterna já aqui e agora, e garantida a salvação. (10Braz Lorenzetti, CMf – Diário Bíblico 2024, Ed. Ave Maria)
Senhor Jesus, faz-nos bastante livres par praticar o bem, de modo que nenhum preceito ou tradição possa nos impedir de ajudar a quem precisa. Ó “Filho do Homem”, porque dizias que Deus é teu Pai, os dirigentes do povo querem te matar. Não recuas, porque estás consciente de fazer a vontade do Pai celeste. Concede-nos Senhor, sabedoria, Amém!
Fonte: (1Pe. Antônio Sant’Ana SJ – passo-a-rezar.net 13 03 2024) - (2Bíblia Pastoral Jo, 5,18-30) - (3Jaldemir Vitório SJ – Dia a Dia nos passos de Jesus – 2011 – Paulinas) - (4Pe. Luz Miguel Duarte - ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2015/2017 – Paulus) - (5Elizabeth Mendes, FCJ – Diário Bíblico 2018 – Ed. Ave Maria/-Pe.Luiz Miguel Duarte – Pe. Nilo Luza, ssp – Dia a Dia com o Evangelho – 2023 - Paulus) - (6Pe. Miguel Duarte, ssp – Dia a Dia com o Evangelho 2018 – Paulus) (7Moisés Alves dos Santos, Daniel Aparício Rasteiro, CMF – Diário Bíblico 2019 – Ed. Ave Maria )- (8Pe. Antônio Sant’Ana SJ – passo-a-rezar.net 13 03 2024) - (9Padres e irmãos Paulinos – Dia a dia com o Evangelho 2022 – Paulus) - (10Braz Lorenzetti, CMf – Diário Bíblico 2024, Ed. Ave Maria) – (11Liturgia Diária CNBB 2024).
Mín. 26° Máx. 40°