É necessário perdoarmos de todo o coração
Hoje é dia cinco de março de 2024, terça-feira da terceira semana da Quaresma.
Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento de oração é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15) que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, os Evangelhos do dia-a-dia das Edições Paulus e Paulinas, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - a proclamação do Evangelho na voz de Cid Moreira e parte do texto é de autoria do Pe.Antonio Sant’Ana SJ. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem.
Iniciemos a nossa oração com estas palavras de Pedro Crisólogo, bispo do século quarto: «Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda às súplicas de quem lhe pede, pois aquele que não fecha os seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas. Dá a ti mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu o não possuirás».
Na Comunidade de Jesus não existe limites para o perdão (setenta vezes sete). Ao entrar na comunidade, cada pessoa já recebeu do Pai um perdão sem limites (dez mil talentos). A vida na comunidade precisa, portanto, basear-se no amor e na misericórdia, compartilhando, entre todos, esse perdão que cada um recebeu. (Mt 18,21-35)
É necessário perdoarmos de todo o coração – O perdão é um tópico inescusável do discipulado, (que não se escusa ou dispense). Quem não se dispõe a perdoar jamais estará em condições de se colocar no seguimento de Jesus. Quem põe limites ao perdão não pode ser discípulo. O desafio consiste em “perdoar de coração”, experiência que brota de dentro, e não se reduzindo a sentimentos superficiais. A orientação do Mestre a Pedro, de perdoar “setenta vezes sete”, aponta para o perdão ilimitado. Só quem está enraizado no Pai, como Jesus, terá condições de ter o coração continuamente aberto para o perdão. (1Jaldemir Vitório, SJ – Paulinas)
Muito oportuna a pergunta de Pedro a Jesus sobre o perdão. A resposta vem imediatamente, sem deixar margem a dúvidas: é necessário perdoar todas as vezes que alguém nos ofende. Ara ilustrar o ensinamento novo, Jesus conta a parábola dos dois devedores. E salienta a desproporção entre o perdão generoso que nos vem de Deus e o nosso perdão, muitas vezes mesquinho ou dado de má vontade. A parábola mostra também que deus nos perdoa quando nós perdoamos. Ao perdoar alguém, abrimos o canal para que o perdão de Deus chegue até nós. Detalhe: não se trata de um perdão qualquer, da boca para fora. É necessário perdoar “de coração”. Todos somos pecadores e precisamos do perdão de Deus. Estamos dispostos a oferecer o perdão a quem nos ofendeu? 2(Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
O tema do perdão é frequente nos evangelhos. Talvez pela dificuldade que o ser humano tem de perdoar. Uma coisa é certa: Jesus parece levar muito a sério a necessidade que temos de perdoar “setenta vezes sete”, isto é, sempre. Isso nos causa arrepio, pois, na vida cotidiana, parece haver ofensas imperdoáveis. Como consegue uma mãe perdoar o assassino do seu filho? Onde ajuntar forças e disposições para um perdão sincero em caso tão grave? O ferimento, se é profundo, leva longo tempo para cicatrizar. Precisamos, pois, contar com o auxílio divino, porque o perdão total só é possível com o impulso da graça de Deus. E as parábolas comprovam que o Pai celeste quer e espera que perdoemos “de coração” aos nossos semelhantes. 3(Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Neste momento eu convido os irmãos e irmãos para ouvirmos juntos a Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo são Mateus que está no capítulo dezoito nos versículos de vinte e um a trinta e cinco (Mt 18, 21-35) 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe: “Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes”. 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. 23Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. 24Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. 25Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. 26Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. 27Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. 30Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. 31Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. 32Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque me pediste. 33Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. 35Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração. Estas, amados irmãos e irmãs, são Palavra de Salvação – Glória a Vos Senhor!
Neste momento eu convido os irmãos e irmãs, para fazermos juntos uma pequena reflexão sobre tudo o que ouvimos.
A resposta de quem foi perdoado é uma resposta de amor: “Quem mais foi perdoado mais demonstra amor”. Portanto, por mais que o servo tenha pedido ao seu patrão um tempo para que pudesse lhe pagar a dívida, o patrão sabia que não receberia o pagamento. Deus sabe que não pelo dom que Ele nos concedeu. Talvez por isso seja difícil aceitarmos o perdão ou perdoarmos, inclusive a nós mesmos. Seria um alívio podermos sofrer em troca de todos os males que praticamos. Deus, no entanto, não pede nada em compensação, senão e tão somente o nosso amor ao próximo, que também não pode nos pagar pelas ofensas que nos fizeram. (4Moisés Alves dos Santos-Daniel Aparício Rasteiro, CMF)
Somos chamados a perdoar de forma ilimitada: é isso que significa o “setenta vezes sete”. E para que não haja dúvida, Jesus conta uma pequena história que ilustra com muita clareza como devem ser a lógica e a dinâmica do perdão daqueles que segue o Mestre. De modo geral, perdoar não é fácil. Depende, no mínimo, da índole de cada pessoa e, também, da ofensa recebida. Contudo, toda e qualquer dificuldade de perdoar somente será superada se estivermos inseridos no Cristo. Perdoar é libertador, é uma decisão, é um exercício. As ofensas recebidas não são esquecidas facilmente (ou nunca esquecidas e superadas); contudo, o perdão concedido nos possibilita seguir adiante com leveza e de cabeça erguida. (5Redação – padres e Irmãos Paulinos – Paulus)
A convivência nos remete à questão do perdão. Ela faz parte de nossa vida. A dúvida refere-se ao exercício do perdão no dia a dia da vida. A expressão de Jesus indica que o perdão é um exercício contínuo e sem trégua para o bem viver em comunidade. A parábola nos apresenta a prestação de contas que somos convidados a fazer diante de Deus, especialmente no final de nossa jornada. A imensa dívida do primeiro devedor era impagável; no entanto, mais que parcelada, ela foi perdoada. Esquecido do fato, o que foi perdoado não conseguiu fazer o mesmo com a pequena dívida do colega. A desproporção gritante refere-se à nossa imensa dívida, sempre perdoada por Deus, e à nossa dificuldade em perdoar aqueles que são nossos devedores. (6BrazLorenzetti-CFM – Diário Bíblico - Editora Ave Maria)
A parábola que Jesus conta nestes versículos do Evangelho de Mateus confronta-nos com a necessidade do perdão. Este não é quantificável. É preciso compreender continuamente os outros para lhes dar uma nova oportunidade. Já pensaste como as relações morrem quando não se exercita o perdão? Na parábola que Jesus conta, o servo perdoado é incapaz de misericórdia para com um subalterno. Não sabe esperar que o irmão mude, não sabe dar tempo para que possa devolver o que deve. Pensemos em alguém que tivemos dificuldade em perdoar e começa a perdoar rezando por essa pessoa. Ao meditarmos sobre o Evangelho reparemos como o perdão é sempre um risco. Quem perdoa não sabe se o outro o acolherá, mas nunca deve deixar de o oferecer. A vida é um contínuo pedido de perdão e a força para perdoar vem da lembrança das vezes que se foi perdoado. Não tenhas receio de te aproximares do Sacramento da Reconciliação se precisas de tocar a misericórdia de Deus. É daí que brota o desejo de poderes também perdoar. Senhor Jesus tira de mim os empecilhos para o perdão e dá-me a capacidade de perdoar sempre, como tu perdoaste até o fim. Senhor Jesus, tu nos revelastes altíssima capacidade de perdoar teus ofensores. Então, ajuda-nos a perdoar de coração sincero a quem nos ofendeu, pois queremos ser perdoados pelo Pai Celeste, Amém
fonte “A Bíblia, os Evangelhos do dia-a-dia das Edições Paulus e Paulinas, o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - a proclamação do Evangelho na voz de Cid Moreira e parte do texto é de autoria do Pe.Antonio Sant’Ana SJ - 1(Jaldemir Vitório, SJ – Paulinas) - 2(Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp) – Paulus - 3(Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp) – Paulus - (4Moisés Alves dos Santos-Daniel Aparicio Rasteiro, CMF) – Diário Bíblico Editora Ave Maria (5Redação – padres e Irmãos Paulinos – Paulus) - (6BrazLorenzetti-CFM – Diário Bíblico - Editora Ave Maria)
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