Jesus prosseguiu no seu caminho - 04 de março de 2024, Hoje é segunda-feira da terceira semana da Quaresma. –
Nós estamos juntos para mais um momento de oração. Este momento é uma inciativa para cumprir um pedido “Ide pelo mundo e Evangelizar a toda Criatura”, que levaremos ao ar todos os dias de segunda a sexta feira, através das redes sociais, e tem como fonte “A Bíblia, Os Evangelhos do dia-a-dia das Edições Paulus e Paulinas e o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - hoje parte do texto é Pe.Antonio Sant’Ana SJ. Nós saudamos a todos com a mensagem Franciscana de Paz e Bem.
O Senhor tem sede da nossa fé e pede-nos de beber, tal como um dia pediu à Samaritana. É assim que alimenta o nosso desejo e nos conduz num caminho de descoberta do seu mistério, da sua Água, da sua Páscoa. Que este tempo de Quaresma, no deserto dos teus dias, seja para nós o tempo da Aliança e da plenitude, o pão partilhado e multiplicado, a vida nova do batismo e do Espírito. Com esse pensamento iniciemos o nosso programa de hoje. A dúvida e a rejeição de Jesus parte de seus compatriotas fazem prever a hostilidade e a rejeição de toda a atividade de Jesus por parte de todo o seu povo. No entanto, Jesus prossegue seu caminho, para construir a nova história que engloba toda a humanidade. (Lc 4, 22-30)
Jesus continuou o seu caminho! Jesus apresenta-se na sinagoga de Nazaré onde fora criado. Diante da assembleia, lê um trecho de Isaias referente ao Messias, e fechando o livro, arremata “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouvir”. Este é o projeto de vida, esta é a missão de Jesus, ou seja, dedicar-se inteiramente aos mais pobres e sofredores. Pelo poder do Espírito Santo, Jesus vem libertar o povo da opressão e criar condições para que tenham vida abundante. Os nazarenos reagem primeiramente com admiração, passam em seguida à desconfiança. Finalmente, presos a categorias humanas (esse não é o filho de José) e incapazes de dar o salto da fé, ficam furiosos, expulsam-no da cidade e tentam jogá-lo no precipício.
Jesus evocou o testemunho de dois profetas de outrora – Elias e Eliseu – para explicar a perseguição que sofria. Os milagres de ambos os profetas, inteiramente fiéis a Javé, beneficiaram pessoas estrangeiras, por não serem reconhecidas pela liderança política e religiosa de seu tempo. A viúva sidônia e o general sírio mereceram mais a atenção dos profetas que os próprios irmãos de fé.
Algo parecido passava-se com Jesus. Era rejeitado pelos conterrâneos, incapazes de aceitar suas palavras e ações, por destoarem da ação tradicional dos mestres conhecidos.
A decisão de matá-lo era um expediente extremo, para dar um basta à situação incômoda. “Jesus, porém, passando belo meio deles, continuou o seu caminho”, pois sua vida dependia do Pai e não seria os adversários que haveriam de pôr fim à sua missão. Daí não terem consumado o intento de lançá-lo do alto do precipício da cidade. O caminho de Jesus se concluiria em Jerusalém, com a morte de cruz, no momento querido pelo Pai.
Ao citar dois episódios que tiveram como protagonistas os profetas Elias e Eliseu, Jesus desperta a curiosidade dos ouvintes. É que esses profetas eram tidos em alta consideração pelo povo de Israel. Entretanto, Jesus não lhes apresenta um conto de fadas. Quer mostrar que os pagãos foram mais acolhedores e aberto à palavra do Senhor. Com efeito, uma viúva estrangeira recebeu a benfazeja visita do profeta Elias, e o sírio Naamã foi curado da lepra pelo profeta Elias. Incapazes de abrir-se à grandiosidade do amor divino universal, os conterrâneos de Jesus ficam furiosos, pois entenderam bem o recado: eram duros de coração e avessos à pregação de Jesus. Queriam exterminá-lo. Só não o fizeram, porque a hora de Jesus ainda não havia chegado.
Neste momento eu convido os irmãos e irmãs, para ouvirmos juntos, na voz de Cid Moreira, a proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas, que está no capítulo quatro, versículos do vinte e quatro ao trinta Lc 4, 24-30
Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-no até ao cimo da colina
sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. Estas amados irmãos e irmãs, São Palavra de Salvação, Glória a Vos Senhor!
Ouvida a proclamação do Evangelho juntos vamos fazer uma pequena reflexão de tudo o que ouvimos. Encontramos Jesus de regresso a Nazaré depois de iniciar a sua vida pública. O filho de Deus assume a sua vocação messiânica num lugar simples, desconhecido das Escrituras, nos confins do Império Romano. É o lugar da banalidade, onde aprende o valor das pequenas coisas. Como vivemos o nosso dia a dia? Ao recordar os profetas Elias e Eliseu, Jesus fala diretamente aos seus conterrâneos que têm o coração fechado à boa-nova do Reino de Deus e, por isso eles ficam de fora da grande obra do Reino! Depois das palavras de Jesus na sinagoga de Nazaré, as expectativas da multidão são defraudadas e cresce uma irritação generalizada. O mal propaga-se rapidamente. Jesus se dirige ao povo de forma dura e provocativa. Ele afirma que nenhum profeta é aceito em sua pátria, como referência direta ao descaso e rejeição das pessoas que o cercam em relação à mensagem por ele anunciada. Ao resgatar situações do passado, Jesus aponta ara semelhanças. Que Elias e Eliseu, por exemplo, fizeram o bem a estrangeiros e não a seu próprio povo. Muitas vezes, por preconceito ou falta de sensibilidade, duvidamos que aquela pessoa, crescida em nossa comunidade, possa um dia ser instrumento de transformação. Infelizmente a desconfiança e a inveja falam mais alto, e não abrimos ao bem e ao bom que está ao nosso alcance. Com a rejeição sofrida e ameaça de morte, Jesus vai embora. Que saibamos reconhecer a graça de Deus, que vem nos visitar de muitas formas e por meio de muitas pessoas. Neste tempo de Quaresma, pensemos em alguém que podemos ter ofendido por não termos agido de forma correta e estejamos predispostos a pedir-lhe perdão. Ouvindo os milagres que Jesus fazia em Cafarnaum, os habitantes de Nazaré querem respostas fáceis para a vida. Em vez de milagres, Jesus diz que o reino de Deus se constrói no encontro com os pobres, os oprimidos e os indefesos. De que lado estamos, das coisas que são fáceis ou do lado do compromisso?
Senhor Jesus, que nenhuma ameaça seja suficientemente forte para nos afastar do caminho traçado por Ti, pois devemos, como Tu, alcançar a meta traçada pelo Pai
Terminemos nosso momento de oração pedindo a bênção de Deus `Pai Filho e Espírito Santo, Amém. fonte “A Bíblia, Lucas 4,24-30 - Os Evangelhos do dia-a-dia das Edições Paulus e Paulinas e o programa diário https://passo-a-rezar.net/ - hoje parte do texto é Pe. Antonio Sant’Ana SJ. – Evangelhos, narrados por Cid Moreira.
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