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DEPOIS DA TEMPESTADE? A BONANÇA...!

“Nem sempre o caminho indicado por todos é o melhor caminho a ser seguido”.

Redação Folha Pantanal
Por: Redação Folha Pantanal Fonte: Adelino Alexandre Lopes - Literato - (Onileda)
26/02/2024 às 16h14
DEPOIS DA TEMPESTADE? A BONANÇA...!

   “Faz o vendaval parar em calmaria. De modo que as ondas do mar ficam quietas...” (Sal 107;29)

 

   Todo marinheiro que lança o seu barco ao mar, deve estar preparado para os incômodos próprios de sua atividade; para os percalços que dela se originam. E, o fato desse marinheiro estar preparado é que lhe dá a certeza de que a tempestade é o prenúncio de um bom tempo no mar. “Depois da Tempestade sempre vem a bonança”. Esta máxima deveria merecer crédito, e ser mais bem observada por nós. Vejamos:

      Um homem que ganha a vida, desenvolvendo a atividade de cavador de poços está sujeito a se deparar com diferentes tipos de solo. Não pode, ele, após longas horas de perfuração, ao encontrar uma camada de pedra desistir de seu trabalho, e não aplicar o último golpe de marreta, pois poderá estar deixando para trás a possibilidade de fazer jorrar água em abundância. E o que é pior, ele poderá estar dando a oportunidade de a parte mais fácil do trabalho ser realizada por uma outra pessoa.

   A vida política também está sujeita a estes percalços. Não pode o cavador de prestígio se mostrar imaturo e desistir, de sua luta, ao se deparar com o primeiro obstáculo. Nem pode, esse cavador, direcionar as batidas de sua marreta para o lado em que, as fagulhas das pedras atiradas, provoque obstrução ao olho da mina que poderá proporcionar a execução dos projetos que certamente lhes colocarão em evidência.  Até porque não é salutar o estremecimento das relações entre os poderes constituídos, pois é da união desse conjunto de poderes que depende o efetivo desenvolvimento de uma nação.

   Ao término de uma campanha eleitoral, é comum presenciarmos um verdadeiro vendaval de acusações, de picuinhas e desentendimentos, envolvendo as pessoas que estiveram à frente da disputa. O homem sábio deve ter a capacidade de peneirar esse resultado, não se deter e nem se deixar ser levado pelos caminhos indicados por aqueles que não querem ver a sua projeção. “Nem sempre o caminho indicado por todos é o melhor caminho a ser seguido”. Ao invés de derrubar a ponte, é melhor esvaziar os pneus da carreta para que ela passe com folga sob o seu vão...! O homem humilde é sempre levado a ocupar um lugar de maior destaque.

   Pode ocorrer que, dentre estes indicadores, alguém tenha preparado uma trincheira e, astuciosamente, estar lhe guiando para o erro. Pretendendo, com isso, afastar-lhe de mares mais calmos.   E o mais prudente, nesse momento, é dar ouvidos aos conselhos e agradecer o puxão de orelhas aplicado pelo observador que, de longe, está assistindo o embate, pois no tabuleiro da política quem vê a melhor jogada é aquele que está fora do jogo.

   E é bom lembrar que o puxão de orelhas foi aplicado por um experiente marinheiro que, certamente, conhece a melhor rota, pois sempre soube se desviar dos maus tempos da política; em suas idas e vindas, guiado pela bússola de sua sabedoria, sempre atraca a sua embarcação num porto seguro sem ter que contabilizar prejuízos, comuns quando se é tragado por uma turbulenta e inesperada tempestade. Adelino Alexandre Lopes – Literato (Onileda)

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