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A Mão que balança o "Berço"

Está na hora de gritarmos em alto e bom tom “Acorda população”

23/01/2024 às 08h01
Por: Redação Folha Pantanal Fonte: Adelino Alexandre Lopes - Literato (Onileda)
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Adelino Alexandre Lopes - Literato (Onileda)
Adelino Alexandre Lopes - Literato (Onileda)

A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO - que oferece pão e circo e depois se esconde!

    Quando será que nós, a grande maioria dos eleitores brasileiros, iremos acordar desse sono profundo a que estamos entregues? Um sono profundo que nos é imposto pelas mãos de uma pequena minoria que acalenta esse gigantesco “Berço Esplêndido”.

   A mão que sanciona, em épocas eleitoreiras, quando está em jogo apenas a garantia de interesses mesquinhos, é a mesma que veta quando os benefícios dessa Lei têm como objetivo, privilegiar o povo.

   A mão que, em menos de um minuto, vota em troca de uma cesta básica, aceitando a fome como que sendo o seu destino, aceitando o analfabetismo naturalmente, encarando o desemprego como fruto do desenvolvimento global, é a mesma que, no instante do voto, decreta a sua própria sentença.

   A mão que, com um suave toque, acaricia as bochechas macias e rosadas de um recém-nascido, deve ser a mesma que, com inteligência, indique os melhores caminhos a serem trilhados pelos adolescentes. 

   O triste é saber que a mão usada para escrever “vida”, nos primeiros dias na escola, pode ser a mesma que, usando uma borracha “chamada tiro”, a apaga. 

   E aí, envolvidos nessa via de mão dupla, chocam-se o voto consciente com aquele dado em pagamento de um favor. Chocam-se o voto EM BRANCO com o NULO, votos que não elegem, mas contribuem para que   uma enorme quantidade de homens, descompromissados com a sociedade, perpetuem no poder. Chocam-se pobres e ricos. Chocam-se violência e segurança. Nessa luta a duas mãos embatem-se Homens com terra e aqueles que não as têm. Mistura-se a chamada sociedade culta com a inculta, e esta última não por opção e sim por imposição.  Agonizam-se por falta de saúde médicos e pacientes. Chocam-se a mão que acalenta com aquela que nos desperta do sono com um toque mais brusco no berço.

   Será que não está na hora de recebermos esse toque mais brusco e despertarmos desse cansativo sono, onde permanecemos deitados num berço esplêndido, por tão longo tempo, e acordarmos para a realidade? E plagiando a frase “Acorda Menina”, não está na hora de gritarmos em alto e bom tom “Acorda população?”

Adelino Alexandre Lopes – Literato – (Onileda)

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Adelino Alexandre Lopes
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Sobre "O Filósofo das Causas Perdidas" ainda acredita na geração de novas ideias, num processo que não se caracterize pelo continuísmo, mas pela gestação de inquietações, de novas formas de ver e interferir no mundo concreto da experiência vivida; continua a acreditar na convivência com a linguagem, no descobrir e redescobrir as palavras como um dos modos de luta para mudar a vida e transformar o mundo..." (Fragmentos prefácio - Profª Irma Lino de Assis Oliveira)
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