Clipping

 Em um trabalho de assessoria de comunicação/imprensa, tão importante que gerar conteúdo para os veículos de imprensa é monitorar o que é publicado e de que forma é publicado. Desta forma é possível saber como o seu assessorado (a) tem sido apresentado, se de forma positiva ou negativa e a partir daí ajustar o seu planejamento de comunicação e marketing.

Para isso, os assessores de comunicação/imprensa realizam uma tarefa denominada clipping, que traduzindo para o português significa recorte. Isso porque antigamente os jornalistas recortavam as matérias que saíam de seus assessorados nos veículos de comunicação e recortavam e colavam em uma folha sulfite e colocavam em pastas.

Há ainda quem faça desta maneira, mas também há quem prefira fazer o clipping digital, utilizando ferramentas de buscas, que auxiliem na coleta do material disponível na rede mundial de computadores.

Em tese, o clipping é o processo de monitorar e coletar matérias jornalísticas, como notícias, artigos e reportagens, que mencionam uma organização, pessoa ou tópico específico. Na assessoria de imprensa, o clipping desempenha um papel crucial, pois permite acompanhar a cobertura midiática de um cliente ou empresa.

Ele fornece insights sobre como a organização está sendo percebida pelo público e pela mídia, ajuda a identificar tendências e oportunidades de mídia, além de avaliar o sucesso das estratégias de comunicação. Ao reunir informações de várias fontes de notícias, o clipping auxilia na elaboração de relatórios, tomadas de decisões e na demonstração do ROI (Retorno sobre Investimento) das atividades de assessoria de imprensa. Portanto, o clipping é uma ferramenta essencial para o trabalho dos assessores de imprensa, auxiliando na gestão da reputação e na construção de relacionamentos positivos com a mídia.

Para fazer um clipping eficaz na assessoria de imprensa, siga os passos abaixo:

1.Defina os objetivos: Determine quais informações você deseja coletar com o clipping, como menções à sua organização, concorrentes, tópicos relevantes, ou qualquer outro critério específico.

2.Escolha as fontes de notícias: Identifique as fontes de notícias relevantes para o seu setor ou tópico. Isso pode incluir jornais, revistas, sites de notícias, blogs, redes sociais e outras mídias.

3.Utilize ferramentas de monitoramento: Existem algumas ferramentas e serviços de monitoramento de mídia disponíveis, gratuitas e também pagas, como Google Alerts. Configure essas ferramentas para receber notificações sempre que as palavras-chave de interesse forem mencionadas nas fontes selecionadas.

4.Coleta e organização: À medida que as menções relevantes são identificadas, colete-as e organize-as em um formato fácil de analisar. Isso pode ser feito em planilhas ou software de gestão de mídia.

5.Avalie a qualidade e relevância: Não se limite apenas a coletar as menções, avalie a qualidade e a relevância de cada uma. Isso pode envolver categorizar as matérias como positivas, neutras ou negativas, e determinar a importância de cada fonte.

6.Relatórios periódicos: Crie relatórios periódicos que destaquem as principais tendências, métricas de cobertura, impacto e qualquer outra informação relevante. Os relatórios podem ser compartilhados com a equipe de comunicação e a alta administração.

7.Ajustes e aprimoramento: Com base nos resultados e insights obtidos, ajuste a estratégia de assessoria de imprensa, se necessário, e continue refinando o processo de clipping para atender às necessidades da organização.

Lembre-se de que o clipping é uma atividade contínua e deve ser realizada de forma consistente para manter-se atualizado sobre a cobertura midiática e garantir que a estratégia de comunicação esteja alinhada com os objetivos da organização.

 Keila Flores – Jornalista/Policial Civil